sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

8) Sai da frente senão vou espancar todo mundo...Especial Beat'em Up

Mais uma semana está terminando, e ainda estamos aqui!!!

Estamos chegando a dois meses de blog. Isso é muito bom, pois achava que não teria paciência para postar quase que semanalmente por aqui. Mas estou gostando muito de mantê-lo, mesmo ele (aparentemente) ele não sendo tão visitado assim. Aliás, um recado para aquele que visita o blog (sim, eu sei que você existe): Deixe o seu comentário. Sem ele, não tenho como saber se os meus comentários estão agradando vocês ou se estou sendo um chato de galocha ao fazer comentários tão ridículos! :)


Bom, chega de papo, vamos ao post de hoje. Que também é especial!!!


Semana passada fiz o especial para os shooters (ou "jogos de nave", se preferir), um gênero um tanto quanto esquecido nos consoles atuais. Hoje, resolvi ser solidário e falar de outro gênero igualmente amado pelos gamers old school, mas que também foi um tanto esquecido atualmente: os beat'em up (conhecidos também como "espanca e anda" por aqui...)

  • O início do espancamento:

Os jogos Beat'em Up (também chamados de scrooling fighting games, fighting action games, ou ainda brawlers) são aqueles em que um personagem (ou um grupo de personagens) percorre várias fases espancando quem passar na sua frente até chegar no seu objetivo final. Muito dessa temática de jogo deve-se princpalmente aos filmes de luta ou de gangues, onde o personagem principal se via sempre ao redor de vários inimigos. Com os jogos beat'em up, qualquer um poderia ter essa sensação de distribuir toda a sorte de socos e pontapés nos vilões e seus capangas.

Nessa linha, ainda temos o hack'n'slash, que não é nada mais do que o beat'em up, com a diferença que o(s) personagem(ns) controlados pelo jogador portavam alguma arma.

  • A disseminação das pancadas:

Foi na década de 80 que o gênero se criou e se popularizou no mundo dos games, tendo o seu auge na segunda metade da década de 80 (com os inúmeros arcades do gênero) e no inícioda década de 90 (com a era 16-Bit - Super Nintendo e MegaDrive -também conhecido como "O Duelo do Século no Mundo Eletrônico" :) ). Com a sua jogabilidade simples, o gênero alavancou inúmeros títulos durante o seu auge, bgerando diversas fraquias de respeito.

  • A extinção dos velhos galos de briga:

Depois da era 16-bit, com o advento dos gráficos poligonais, que proporcionavam uma tridimensionalidade jamais vista dos games (não apenas em relação aos gráficos, mas também a linearidade do jogo, acrecentando mais uma dimensão para a movimentação do personagem), os gêneros existentes sofreram adaptações para aproveitar esse avanço tecnológico. Alguns conseguiram fazer essa transição muito bem (RPG's, Plataformas). Infelizmente, o beat'em up não foi feliz. Apesar de alguns jogos triunfarem (como, por exemplo, o maravilhoso Guardian Heroes, para Sega Saturn), outros não tiveram a mesma sorte (Fighting Force, para PSOne e Final Fight Streetwise e Urban Reign, para PS2, são os que eu me lembro de antemão), marcando essa época como o início da queda do gênero, até praticamente sumir nos dias atuais.

É bem verdade que nos últimos anos houve uma pequena revitalizada no gênero, graças a títulos como "Devil May Cry", "God of War" e "Ninja Gaiden" (os dois primeiros para PS2, e o último para XBOX), mas esses jogos não possuem o charme e o feeling daqueles clássicos feitos em sprites. Sendo honesto, o jogo atual que me faz lembrar com saudade daquela época e que consegue ser tão divertido quanto os clássicos do gênero é "Contra 4", do Nintendo DS, principalemnte por conservar os sprites 2D tão característicos do gênero.

  • Os Culpados pelos Hematomas

Bom, chega dessa introdução. Vamos a alguns títulso que fizeram a história do gênero. Um deles já foi comentado há algumas edições atrás (Streets of Rage III) por ser o mais representativo. Mas aqui vão outros dignos de nota:


1) NES


Contra - Um guerrelheiro armado com uma metralhadora, zilhões de combatentes para exterminar, e quinquilhões de tiros para desviar. Um tiro, morte na certa. Era assim o mundo dos hack'n'slash na década de 80. Supresos? Vocês não sabem o quanto isso era divertido e desafiador. E olha que esse não é o mais difícil da série (esse título pertence a "Contra: Hard Corps", do Megadrive), mas já é suficiente para quebrar alguns controles de raiva. Se puderem, consigam esse jogo.


Double Dragon - Se vocês mais novos só conhecem o jogo de luta (razoável) com esse nome, saibam que ele se originou do (pavoroso) filme honônimo, que, por sua vez, foi inspirado pela (maravilhosa) série beat'em up da década de 80. As versões que joguei foram esta para o NES, e outra para o Super Nintendo (chamada de "Super Double Dragon). Como a versão para SNES é apenas razoável, a clássica para o NES é a que merece a nossa atenção aqui.




Battletoads - Um dos jogos mais difíceis do NES. É com esse título que esse jogo assombrava todos que se atreveram a colocá-lo nos seus Nintendinhos e clones daqui do Brasil da década de 80. E não é que o jogo fazia jus a sua fama? Mas esse não é o único mérito do jogo. Os gráficos, como vocês podem ver pela foto, exploravam o máximo poder do NES. Quem visse pela primeira vez, poderia pensar que se tratava de um jogo da época 16-bit. Sem falar que os ambientes de fundo muitas vezes davam uma sensação de tridimensionalidade ao cenário (a fase dos hovercrafts é uma das mais impressionantes nesse ponto). Sem contar as maneiras mais absurdas e legais de detonar os inimigos (socos gigantes, cabeçadas, "enterrar" o inimigo, lançá-lo tal como uma bola de beisebol, etc...).



2) Super NES




Contra III: The Alien Wars - Normalmente não colocaria uma seqüência de uma série em uma lista dos melhores games do gênero, mas dane-se. Contra III merece estar na lista por multiplicar toda aquela sensação que tivemos ao jogar o primeiro, tudo isso acompanhado por algumas adições que vieram muito bem a calhar (a opção de carregar dois tipos de armas), além dos gráficos embasbacantes e os chefes gigantescos, além da dificuldade como nos velhos tempos do NES.





Teenage Mutant Ninja Turtles IV - Turtles in Time - Infelizmente não cheguei a jogar os primeiros da série, mas lembro com alegria do Arcade, um genuíno beat'em Up (apesar de ser fácil). E esse título do SNES transmite a mesma sensação de jogar aquele arcade, com ação variada (e um ótimo uso do chip Mode 7 em algumas fases), jogabilidade funcionando como um relógio suíço, além de um ritmo ainda mais rápido do que os beat'em Up mais tradicionais. Cowabunga!!!



Sunset Riders - Assim como um amante dos games, sou um amante também do cinema. E o western está entre os meus gêneros cinematográficso preferidos. Junte essas duas paixões e temos Sunset Riders!!!! Nunca foi tão divertido estar no Velho Oeste, distribuir tiros em todos os malfeitores, ser atropelados pelos touros na primeira fase, lançar bananas de dinamite, distribuir milhares de tiros nos chefes de fase, entrar nas tavernas da velha cidade empoeirada atrás de dinheiro, bebida e mulheres...Enfim, é a sensação de ser um daqueles pistoleiros sem-nome dos filmes de Leone transportada para um cartucho!!!



Knights of the Round - Aqui somos transportados aos tempos de capa e espada, mais precisamente para a lenda do Rei Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda. Além do Rei Arthur, tinhamos Lancelot e Perceval, cada qual com suas vantagens e desvantagens. O interessante desse jogo é a opção de evolução da sua arma (e da sua armadura) conforme um número determinado de pontos era alcançado, tal qual um RPG. Um jogo que faz parte da época áurea desse gênero, e que merece ser citado por aqui.

3) Megadrive


Golden Axe - Mais um exemplo de como a SEGA era mestre em conversões dos seus arcades para os consoles domésticos. Golden Axe é simplesmente o segundo melhor jogo do gênero para mim. Aliás, os três melhores são do Megadrive (e um deles já foi falado a alguams edições atrás). Golden Axe já assombrava os fliperamas no final da década de 80, e, três anos depois, assombrava na mesma proporção no Megadrive, sendo um dos carro-chefes do console. Três guerreiros (um homem, uma mulher e um anão) lutando contra a tirania de Death-Adder; feiticeiros; anões com poções, carnes, e outras iguarias apreciadas pelos personagens principais; dragões; lagartos gigantes; desfiladeiros; pontes;, tudo isso foi transportado com precisão cirúrgica para o Megadrive,fazendo desse um dos clássicos daquela época.



Gunstar Heroes - E esse completa o meu top 3 de games do gênero. Antecessor do igualmente maravilhoso Guardian Heroes, do Sega Saturn, esse jogo possui um dos rimos mais alucinantes que já presenciei. Os gráficos são extremamente coloridos e um dinamismo nos movimentos impressionante. Sem falar nos zilhões de inimigos que apareciam dasmais variadas direções, sem dar um segundo de descanso. Isso, somado com os quinquilhões de tiros desferidos pelos personagens, geravam uma imagem alucinante, chegando ao ponto de ser praticamente imossível identificar o seu personagem. E tudo isso sem slowmotions e nem queda de framerate. Um jogo que merece ser jogado!!

Bom, pessoal, é isso. Espero que os jogos "escolhidos" para serem comentados tenham agradado a todos. Se deixei algum de fora, é porque o post ficaria gigantesco. Sendo assim, aproveitem o espaço de comentários para falar de outros do gênero!! Vamos lá, comentem, critiquem, elogiem, acessem!! Vamso espalhar essa história recente dos videogames através desse blog!!!

Até o próximo post!!!

sábado, 16 de fevereiro de 2008

7) Um Milhão de tiros na tela, um chefe gigantesco...e só um lugar para escapar... Especial Shooters - Parte 2


E estamos de volta para mais um post metido a besta!!!

Na edição anterior dei início a esse especial homenageando os clássicos shooters, que ultimamente são um pouco negiglenciados pelos consoles da nova geração, comentando sobre o que eu considero a obra-prima máxima do gênero. Mas, temos vários outros jogos do gênero que merecem todo o respeito a admiração desse que vos fala, e vários deles serão citados agora. Os jogos estão separados de acordo com a plataforma:


1) NES


Top Gun -
Esse jogo da Konami (tá vendo, a Konani já é velha nesse mercado) foi o primeiro desse estilo que eu joguei. Ele veio embarcado no sucesso do filme, e para aquela época (1987), era realmente impressionante, fazendo você se sentir realmente no cockpit de um caça. Vejam o número de detalhes que vc tinha na tela. Além disso, o jogo não se baseava apenas em atirar em todos os caças, submarinos e navios inimigos: em determinados momentos do jogo, era preciso abastecer o seu caça em pleno ar (direcionando a mangueira de combustível antes que o tempo acabe) e a inda pousar no seu porta-aviões ao final de cada missão. E ainda possuia uma das melhores apresentações de jogos da era NES.


1942 -
Para aqueles que pensam que só agora as grandes produtoras pensaram em produzir games baseados na Segunda Grande Guerra, aqui está a prova de que isso não é verdade! Tudo bem que aqui ela só serve de desculpa para voce guiar seu aviao pelas 32 fases do jogo atirando emtodos os inimigos que aparecerem e desviando dos seus tiros, mas vai me dizer que não é um bom motivo??:) Piadas a parte, esse jogo foi uma das maiores garantias de diversão em casa na minha infância...




Tiger Heli -
Outro jogo que embalou vários momentos felizes da minha infãncia e pré-adolescência. Possui um dos gráficos mais belos do NES (as texturas apresentadas pelo jogo davam uma impressão de tridimensionalidade maravilhosa) e a parte sonora é igualmente legal. O jogo acompanhava o console Top Game da CCE (um dos vários "clones legalizados" do Nintendinho produzidos no Brasi, por conta da chamada "reserva de mercado" na década de 80) e, por vezes, era subestimado. Mas era um dos jogos de tiro mais legais do console.


Gradius II -
A Série Gradius transcendeu todas as "fases" do video-game desde o Arcade (Gradius, Gradius II), passando pelo NES (Gradius I e II) SNES (Gradius III), PS1 (Gradius Gaiden) e PS2 (Gradius V). Mas foi no seu segundo capítulo que essa série definiu o seu estrelato, mantendo as características do primeiro (os inmigos clássicos, o sistema de power-up do tiro da sua nave), além de uma dificuldade absurda, fazendo milhares de jogadores se desesperarem para chegar ao seu final.


2) Master System



Choplifter - O Concorrente da Nintendo feito pela SEGA eu conheci muito pouco, mas foi o suficiente para destacar pelo menos um jogo do estilo: Choplifter. A SEGA já era gigante nos Arcades (ou fliperamas, se preferirem), e, com o Master System (e depois com o MegaDrive), mostrou a sua excelência também nas conversões dos seus jogos para os seus video-games. E esse é um dos melhores exemplos disso...


3) SNES



Parodius - Non-Sense Fantasy - PAROdy of graDIUS (PAROdia de graDIUS). Essa é a explicação simples, direta e genial de uma das franquias mais ousadas e engraçadas da história dos videogames. Duvida?
- Entre as opções de nave (e, consequentemente, de power-ups) contidas no jogo, temos um pinguim e um polvo;
- Ao contrário da maioria dos jogos do gênero, eese possuia gráficos extremamente coloridos e com apelo totalmente infantil;
- Dentre os chefes de fase, tinhamos: um pinguim gigante cujo ponto fraco era o seu enorme "umbigo"; um navio pirata com cara de gato; uma bela mulher coberta com um lençol; e, o mais absurdo (na minha opinião): um Moai - uma das estátuasda Ilha de Páscoa - em uma banheira de espuma!!!!
Mas não se engane com esse visual "zoado" e totalmente bizarro: Parodius é uma das séries de jogos de tiro mais difíceis existentes!! E ainda garante inúmeras risadas!


R-Type III - The Third Lightning - A Série R-Type é outra extremamente famosa entre os amantes do side-scrooling shooters. Ela estreou nos Arcades, transitou pelo NES, MAster System, Mega Drive, SNES, PSOne, entre outros. Mas o supra-sumo da série é esse jogo. Gráficos arrebatadores, parte sonora magnífica, design das naves inimigas excelente, três diferentes formas de FORCE para escolher e uma dificuldade EXTREMAMENTE INSANA (eu mesmo suei para chegar a terceira fase). É um jogo que vale a pena ser revisitado.


Star Fox - Em meados de 1993 a Nintendo lança essa pérola dos side-scroolings, sendo um dos carros-chefe do seu chip FX, cuja principal função era proporcionar os gráficos poligonais tão alardeados na época. Talvez alguns não achem essa evolução gráfica tão notável, mas saibam que isso na época foi uma grande inovação. Porém, muito do sucesso desse jogo se deve ao carisma de Fox McCloud e de seus fiéis escudeiros Falco Lombardi, Slippy Toad e Peppy Hare (mesmo com grunidos no lugar de vozes...), da jogabiliade extremamente agradável e de sua dificuldade balanceada, transformando esse jogo em um dos carros-chefe da Nintendo até hoje...



4) MegaDrive



Thunder Force IV - Não se pode falar de jogos de nave no Megadrive sem falar em Thunder Force. E o quarto capítulo da saga é o melhor feito até hoje. Dificuldade, design das fases, ritmo, tudo aqui foi elevado ao máximo (e os chefes são uma das coisas mais colossais já vistas), qualificando - o como um dos clássicos do gênero. E pensar que há alguns anos anunciaram (infelizmente sem continuação do projeto) Thunder Force VI para o Dreamcast. Pensem como seria sensacional isso....





Darius II a.k.a. SAGAIA - A Série Darius (ou SAGAIA, com chegou a ser conhecida nos EUA) é uma das mais interessantes, principalmente pelo seu design único dos inimigos (lembrando peixes e outros seres marinhos) e a possibilidade de se escolher vários caminhos para chegar ao final. A dificuldade pode parecer reduzida, mas experimente jogar no modo VERY HARD. Você veráo que é fazer calos nos dedos!!!





Darwin 4081 - Apesar dos gráficos simples e do fato de não ser tão famoso que os citados anteriormente, a temática de sci-fi contida no jogo, somada ao fato da sua nave ser "orgânica", mudando não só de tiro, mas de forma conforme os "power-ups" são coletados ou caso ela seja atingida por tiros inimigos, fazem deste um dos títulos mais interessantes para o Megadrive.





Raiden Trad - Alguns parágrafos atrás eu mencionei a capacidade fabulosa da SEGA em transpor os seus arcades para os seus consoles. E aqui temos mais uma prova disso. Está tudo lá: os gráficos simples, mas extremamente adequados, as opções de armas (represnetados pelos quadrados vermelho - tiros normais - e azul - lasers) e mísseis, os milhares de tiros na tela (e sem grandes slowdowns). É a emoção do fliperama na sua casa!!!


5) PSOne


Einhänder - Se Star Fox foi o percursor dos gráficos poligonais em shooters, Einhänder (assim mesmo, com trema no a) aperfeicou essas características ao máximo, fazendo deste o meu jogo preferido em 3D do gênero (e que manteve a jogabilidade 2D). A trilha sonora é uma das mais inspiradas do gênero (um techno-rock de primeira linha), e que combinava perfdeitamente ocm o climão sci-fi e a dificuldade cabeluda do jogo. E o fato de poder coletar as armas dos inimigos depois de derrotados é uma das idéias mais originais do gênero, incrementando e muito na sua jogabilidade.

Bom, é isso. Existem inúmeros outros jogos que queria mencionar por aqui, mas o espaço é curto. Aguardem agora por mais especiais desse tipo!! Até o próximo post!!!



sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

6) Um milhão de tiros na tela, um chefe gigantesco...e só um lugar para escapar... Especial Shooters - Parte 1

E estamos de volta, depois dos zirigiduns e balacobacos do carnaval (se bem que ainda temos blocos no rio nesse final de semana...)!!! Desta vez falaremos não só de um jogo, mas de um gênero que parece estar esquecido nesses tempos: os shooters (não confundir com os jogos FPS - first person shooter, como DOOM, Counter-Strike e outros), mais conhecidos como jogos de tiro/nave. Hoje falarei sobre um jogo que considero o grande representante do gênero, e, na próxima edição, darei dicas de outros shooters que vale a pena. E, como primeiro representante desse gênero, temos...



1) Nome do jogo - Axelay
2) Plataforma - SNES
3) Datas de lançamento - Japão/EUA - 11 de setembro de 1992

Europa - 30 de setembro de 1993
4) Produtora - Konami
5) Distribuidora - Nintendo
6) Gênero - Shooter

7) História - Em uma planeta distante, dentro de uma galáxia mais distante ainda, os humanos são atacados repentinamente por uma bizarra raça alienígena, e a última esperança está concentrada no propópito AX-77 Axelay, uma poderosa máquina de guerra criada exclusivamente com o intuito de servir como linha de defesa contra o poderosos exército invasor.
8) Impressões pessoais - Os shooters (na verdade o termo mais correto seria side scrooling shooters, ou ainda shoot'em ups) sempre exerceram um fascínio grande entre os jogadores. Primeiramente nos fliperamas (acredito que muitos jogadores faixa dos 30 anos lembram de "Space Invaders", "Galaga", e outros do gênero), e depois nos consoles domésticos, eles sempre despertaram o interesse dos gamers que buscavam desafios. Quem não ficava alucinado com os milhões de tiros e inimigos que apareciam na tela prontos para esmagara sua nave e só tinha um ligar para ela ficar? Sem falar que quando você conseguia escapar era uma festa!!! Os clássicos shooters remotam desde os anos 70, mas foi nos anos 80 que ele se consolidou. R - Type, Gradius, Salamander, a saga Thunder Force, entre outros (só para ficar entre os mais famosos) ajudaram e muito a consolidar a reputação desse gênero. Mais um jogo, lançado no terceiro trimestre de 1992, não muito conhecido e comentado, que me despertou para o gênero e revolucionou a minha maneira de observar os "jogos de nave".
"Axelay" foi o primeiro jogo desse tipo que joguei no SNES (antes mesmo que Star Fox). E não larguei durante um bom tempo!! Quem imaginaria que um simples cartucho de 8 Mbit conseguiria divertir durante horas. Esse foi um dos jogos que mais ajudaram o cara da locadora perto de casa a lucrar bastante :). Para mim, Axelay é um clássico, o melhor do gênero (talvez empatado com "Einhander", do PSOne).
Desenvolvida por uma expert do ramo, a Konami, "Axelay" foi um dos primeiros jogos a trazer o chip Mode - 7, que recriava efeitos de rotação e escala. E isso foi aproveitado ao máximo no jogo. Os gráficos eram lindos, com várias cores, e com uma ótima sensação de profundidade, jamais vistas em um jogo do gênero, com um desenho de naves inimigas e chefes de fase bastante interessante e criativo. Além disso, "Axelay" trazia um diferencial em relação aos outros jogos: os estágios alternavam visões em horizontal e vertical, ao contrário da orientação tradicional. Isso era raro na época, e foi uma inovação bem-vinda ao jogo.
Outro ponto importante a se destacar diz respeito a trilha sonora. Uma das mais inventivas e nostálgicas trilhas sonoras da história do video-game. As músicas combinavam perfeitamente com o clima futurista do jogo. Isso sem falar na voz digitalizada que dizia, logo após a escolha das armas (até três armas podem ser selecionadas, num total de 9 - que são destravadas cada vez que se passa de uma fase): "Arms installation is complete, good luck!". Também tinhamos todos os outros ingredientes de um bom shooter: milhares de inimigos surgindo na tela, ritmo frenético, jogabilidade simples (um para atirar, outro para as bombas, e o L e R para mudança de arma), resposta rápida dos comandos, etc. Além disso, "Axelay" pode se vangloriar de ser um dos jogos mais complicados de se chegar ao final (especialmente jogando no "Hard Mode"). Apesar das poucas fases (sete ao todo), os chefes são complicadíssimos de se derrotar (especialmente o último, levei mais de 20 minutos para derrotá-lo!!).
Portanto, se você acha que shooters são coisa da "velha guarda" dos games, é bom dar uma chance a esse jogo, pois, com certeza, depois de alguns minutos, você estará vibrando pelos milhares de pontos luminosos e inimigos aparecendo na tela, é ávido por desviar de todos os tiros!!!

9) Curiosidades:


  • Ao terminar o jogo no Hard Mode, aparece uma frase final dizendo "Nos vemos em Axelay 2!". Entretanto, o projeto da continuação do jogo não saiu do papel (bem que o pessoal da Konami poderia ler isso :));

  • O chip gráfico Mode 7 foi um dos primeiros a ser lançado em jogos do SNES. Ele foi desenvolvido pelo próprio criador do SNES para desbancar o concorrente da Sega, lançado um ano antes. Entre os jogos que se utilizaram desse chip estão F-Zero e Secret of Mana;



10) Fotos do jogo









sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

5) Edição Especial - Censura no mundo dos games no Brasil

Essa é uma edição especial. E envolve um assunto que, apesar de remeter ao passado desse país, não é uma coisa de que possamos nos orgulhar ou mesmo de recordar nostálgicamente.

Falo da Censura!!!

Acredito que todos que aocmpanham o mundo dos games saibam da proibição dos Jogos Conter Strike e Everquest no Brasil. Não vou me alongar nos pormenores e nos detalhes dessa proibição (acredito que todos aqui saibam disso). Mas não posso deixar de comentar esse ato no mínimo equivocado. Dessa forma, queria levantar aqui algumas questões, caso algum parente de algum político daqui do Brasil leia esse tópico, ou ainda para que as autoridades cabíveis pensem a respeito. Sei que pode ser pretensão demais achar que o meu post mudará drásticamente essa situação, mas, como gamer desde criança e entusiasta dessa forma de "arte", não posso deixar isso passar em brancas nuvens.

  • Será que as autoridades que tomaram essa decisão não sabem que já temos uma entidade que classifica os jogos de acordo com a faixa etária, assim como acontece nos filmes e nos programas de TV?
  • Será que as autoridades que tomaram essa decisão não sabem que Conter-Strike, de acordo com essa mesma classificação, é recomendado para maiores de 18 anos, e que Everquest não possui distribuição no Brasil?
  • Será que as autoridades que tomaram essa decisão não sabem que, se temos crianças e adolescentes jogando esses jogos, isso é por causa de pessoas que permitem que as crianças joguem?
  • Será que as autoridades que tomaram essa decisão não sabem que, quando o PROCON de Goiás diz que" [Counter Strike] reproduz a guerra entre bandidos e policiais e impressiona pelo realismo", ela se refere a tão famosa expansão cs_rio (feita por brasileiros, e que não é oficial - portanto, não é licenciada pela EA, produtora do jogo)?
  • Será que as autoridades que tomaram essa decisão não sabem que, pelo fato da expansão cs_rio não ser licenciada pela EA, ela não é vendida, e sim "baixada" pela internet?
  • Será que as autoridades que tomaram essa decisão não sabem que essa proibição pode ter justamente o efeito contrário, despertando a curiosidade de várias pessoas sobre esses jogos?
  • Será que as autoridades que tomaram essa decisão não sabem que o mercado de games está cada vez mais adulto, e que, por causa disso, teremos cada vez mais produtos direcionados para um público mais velho (e isso inclui jogos mais violentos e com temática mais adulta)?
  • Será que as autoridades que tomaram essa decisão não sabem que a mesma carga de violência que "traz imanentes estímulos à subversão da ordem social, atentando contra o estado democrático e de direito e contra a segurança pública", é apresentada em vários outros meios, como por exemplo a TV (não temos uma novela no meio de uma favela, com direito a tiroteio, que passa às 21:00) e que são amparadas pela lei (a refereida novela recebeu apenas uma "nova adequação de classificação" - para maiores de 14 anos)?
  • Será que as autoridades que tomaram essa decisão não sabem que inúmeros fatores intrínsecos ou não ao ser humano (como, por exemplo, a convívio social, a educação recebida pelos pais a personalidade, etc.) influenciarão na sua agressividade, e não apenas um jogo?
  • Será que as autoridades que tomaram essa decisão não sabem que é dever principalmente dos pais (e não do governo) determinar o que será consumido ou não pelos filhos, de acordo com a sua faixa etária?
  • Será que as autoridades que tomaram essa decisão fizeram alguma consulta técnica (entre psicólogos, terapeutas, entre a própria sociedade, entre os especialistas de jogos eletrônicos) para tomar essa decisão?
  • E, finalmente, será que as autoridades que tomaram essa decisão não sabem que, enquanto não houver melhoras na educação desse país; enquanto pais não puderem criar seus filhos adequadamente; enquanto tivermos dispariedades tão grnades entre ricos e pobres; enquanto o povo brasileiro não tomar consciência do seu poder (falo do voto); enquanto o povo brasileiro adotar a famosa "Lei de Gérson" (levar vantagem em tudo, sem se importar com o próximo); enquanto a nossa sociedade não sofrer uma mudança drástica, a violência continuará, e não será a proibição de jogos que fará com que ela cesse?
Existem inúmeros outros pontos a se questionar em relação a essa decisão arbitrária, e levaria horas para colocá-los aqui. Mas acredito que esses já são mais do que suficientes para demonstrar o meu ponto de vista em relação a essa decisão. Torço para que todo esse imbróglio tenha um final coerente e que os responsáveis pelas leis pensem um pouco mais sobre essa decisão e os seus efeitos. Se nos, gamers (antigos ou não), desejamos um cenário gamístico para o Brasil tão bom ou até melhor do que os gloriosos anos 80/90, não podemos aceitar decisões como essa.

Feito o desabafo, voltamos com a nossa programação normal!!!