domingo, 20 de abril de 2008

15) A retomada de um personagem esquecido pela Nintendo.

E lá vamos nós para o 15º post!!

Depois de várias semanas postando matérias especiais, resolvi voltar para os posts mais tradicionais. Não porquê as minhas idéias para especiais se esgotaram(acreditem, tenho alguns esperando o momento certo...), mas sim porque ainda temos inúmeros jogos que valem a pena ser mencionados, que, talvez, muitos não lembram ou desconheçam...Assim, estarei fazendo um serviço a memóiria desse jogo, fazendo com que mais pessoas o conheçam e vejam o quão maravilhoso ele é (tudo bem, viajei demais nesse ponto...).

Desta vez falarei de um jogo que, 14 anos atrás, espantou todo mundo mostrando, no auge do sucesso dos videogames 32-bits (Playstation e Sega Saturn á frente), que um videogame 16-bits também poderia fazer gráficos em 3D renderizados. Além disso, consolidou de vez uma parceria magnífica entre a Nintendo e a Rare, que durou até a sua venda para a Microsoft em 2002. Sim, estamos falando de....



1) Nome do Jogo - Donkey Kong Country

2) Plataforma - Super Nintendo

3) Datas de lançamento - Europa - 24 de novembro de 1994
EUA - 25 de novembro de 1994
Japão - 26 de novembro de 1994

4) Produtora - Rare

5) Distribuidora - Rare

6) Gênero - Plataforma

7) História - Donkey Kong dormia em sua cabana enquanto deixava seu amigo e aprendiz, Diddy, cuidando de sua horda de bananas. Porém, uma noite, a trupe de crocodilos amantes de bananas Kremlings liderados por seu chefe, o Rei K. Rool, rouba todas as bananas da horda. Então, Donkey e Diddy devem explorar toda a Ilha D.K. para recuperarem as bananas.

8) Impressões Pessoais - Em 1981, Shigeru Miyamoto mostrou ao mundo o que um encanador bigodudo (ainda chamado de "Jumpman" na época, mas todos nós sabemos quem ele é...) pode fazer para salvar uma princesa das garras de um macaco gigante (tudo bem que qualquer semelhança entre esse enredo e o filme King Kong é mera coincidência, mas esse é um blog de games, não de cinema... :) ). O resultado, todos nós sabemos: Miyamoto se tornou uma das maiores personalidades ligadas ao mundo dos games, o Jumpan alcançou o estralato do mundo dos games (com a companhia da princesa...). Mas o nosso amigo macaco ficou meio esquecido, principalmente devido a maior popularidade do bigodudo (talvez porquê ele era o vilão da história). Salvo em duas sequências que quase ninguém conhece (Donkey Kong Junior e Donkey Kong 3), o nosso simpatico símio aparece apenas em jogos estrelados por outros personagens, como Mario Kart, sem ter a atenção devida. Mas, em 1993, graças a uma empresa que já acompanhava a Nintendo a anos, isso mudou.

Chris e Tim Stamper, fundadores da Rare, estavam trabalhando em conjunto com a Silicon Graphics, para a confecção de uma engine para futuros jogos. Eles apresentarem os resultados a Nintendo, que ficou impressionada com os avanços tecnológicos encontrados. Assim, depois de conversas entre o então presidente da Nintendo, Hiroshi Yamauchi, e a Rare, a Nintendo resolve comprar 25% das ações da empresa, e assim, garantiam a produção de um novo jogo baseado na nova tecnologia descoberta. Os irmãos Stamper sugeriam então um game baseado no macaco outrora esquecido pela empresa, e a Nintendo topou na hora.

O resultado dessa parceria: um dos primeiros jogos a se utilizar de gráficos 3D renderizados, numa era em que, com a mudança de paradigma dos jogos 2D (que caracterizavam os consoles 16-bits) para jogos em 3 dimensões (caracterizados pelos emergentes video-games 32-bits), começava-se a acreditar que o SNES teria os seus dias contados. Ledo engano. Graças ao espírito pioneiro da Rare, e a ousadia da Nintendo, o jogo mostrou que poderíamos sim ter gráficos em 3D em consoles 16-bits, tudo isso graças ao que a Nintendo e a Rare chamaram na época de ACM (Advanced Computer Modeling).

Mais do que isso: o jogo levou o nome da empresa (já no mercado de games desde 1982) definitivamente no hall das grandes do mercado, ao lado de outras consagradas como a Konami, Capcom, Namco e, por que não dizer, a própria Nintendo. Além disso, mostrou o que seria uma da empresa nos anos seguintes: procurar sempre se utilizar dos mais variados avanços tecnológicos em prol do mundo dos games, procurando sempre a inovação, se tornando, assim, uma das second-parties mais aclamadas da Nintendo.

Tudo isso se deve não só a inovação gráfica, mas ás próprias qualidades do game em si: apesar da renderização 3D, é o clássico jogo de plataforma que todos nós conhecemos desde o Mario: passe por diversas e variadas fases, detone os inimigos, enfrente os chefes finais, encontre o seu arqui-inimigo, e salve o dia. Bem clichê, é verdade, mas o enredo nunca foi a parte mais forte dos jogos de plataforma, certo? Bom, no que realmente importa para esse tipo de jogo, a Rare investiu pesado: personagens carismáticos, um sem número de fases, dificuldade balanceada e progressiva, uma jogabilidade bastante fluida e toda uma variedade de inimigos para enfrentar. Mais do que isso, mostrou que essa poderia ser uma franquia a ser explorada. E não deu outra: depois desse jogo, foram feitas mais duas sequências: "Diddy's Kong Quest" e "Dixie Kong's Double Trouble!", todos com a mesma qualidade do predecessor.

Infelizmente, como diz a música dos Los Hermanos, todo carnaval tem o seu fim. Após inúmeros jogos memoráveis para o SNES e o Nintendo 64, a Rare foi vendida para a Microsoft em 2002, se transformando apenas no arremedo do que era a 15 anos atrás. Com isso, perdemos uma das mais frutíferas parcerias das histórias dos games.

Assim, "Donkey Kong Country" foi um marco da história do videogame por inúmeros motivos: por apresentar uma tecnologia revolucionária, que se utilizava de gráficos 3D renderizados; Colocou de vez a Rara no patamar de grandes empresas, iniciando uma época de ouro com a parceria com a Nintendo com jogos memoráveis; além de promover a volta em grande estilo de um personagem dos games. E, com isso, aquele macaco que ajudou a engrandecer a indústria dos games em 1981 finalmente teve o seu potencial reconhecido, deixando de ser um mero coadjuvante para alcançar o estrelato. E,, com isso, todos (Jumpmam/Mario, Princesa e Donkey Kong) viveram felizes para sempre (pelo menos até o próximo encontro deles nos games)!!!


9) Curiosidades -

  • O criador do persongem, Shigeru Miyamoto, não gostou muito do game a princípio. Segundo ele, "apesar da inovação gráfica, o game não possía uma boa jogabilidade". Tempos depois, vendo o sucesso do jogo, Miyamoto disse que foi muito duro com o jogo. Prova de que até os gênios erram;
  • O jogo vendeu cerca de 8,5 milhões de jogos, se tornando o segundo game mais vendido do Super Nintendo (perdendo apenas para "Super Mario World";


10) Fotos do jogo -












Um comentário:

Ivan.....prá que mais disse...

foi o único game q eu chegeui até o final..adorvava.