Earthbound. O que se pode falar desse jogo maravilhoso? Acho que o meu humilde vocabulário é incapaz de mostrar a vocês o que eu acho desse jogo. Mas vou tentar:
Lembra quando você era um garotinho que brincava na rua (ou uma garotinha que brincava de casinha)? Então, Earthbound é um jogo que me faz recordar isso. E eu salvaria esse mundo feliz (que foi destruido pela maior vilã: a Dona Realidade) com todas as minhas forças. (Sei que esse comentário é meio viajado, mas o jogo também é. E é deliciosamente viajado.)
Bom, após decidir o nome dos personagens, do seu cachorro, da sua comida predileta e da coisa mais legal do mundo, no surbúrbio da cidade de Onett do país de Eagleland, você toma o controle de um corajoso garoto com o nome Ness (ou Paul, José, Tonho, Sérgio ou até Yuri, como queira), que, numa madrugada, tem a família surpreendida com um barulhão - CATAPLUUUUM!- e, como todo grande e corajoso protagonista, depois de colocar aquela roupa listrada e o boné de vermelho (que é clássica por causa dos Smash Bros.) e de deixar o pijama de lado, vai checar o que houve e por que há essas sirenes tocando.
(Antes de mais nada aqui vai a dica, o botão L, no jogo, é o botão mais legal do universo todinho, porque ele executa o "Check" ou o "Talk to" rapidamente. Como eu sei, leitor, que você, como todo bom jogador, adora futricar nas coisas, vou admitir que você já sabe tudo sobre o menuzinho que aparece quando você aperta A, inclusive o "Check" e o "Talk to" (nem é muito difícil descobrir o que cada coisa é, é fácil! Juro!). Seja feliz e aperte L em tudo que ver, eu disse TUDO. Ah, sim, se você não sabe inglês, Earthbound é o melhor motivo que eu posso te dar para aprendê-lo, pois você está prestes a jogar um dos jogos mais engraçados já feitos e o com o humor mais interessante, sem sombra de dúvidas. )
Bom, você explorou tudinho, riu das falas dos policiais, conheceu Pokey, seu amigo vizinho (que me lembra o Cartman), e descobriu que não foi nada demais, foi só um meteorito que caiu ali na colina. Então, cansado, você voltou para casa onde sua carinhosa mãe o colocou pra dormir novamente. Se o jogo terminasse aqui, ele seria o maior fiasco dá história do cinema, então, como é óbvio, alguém faz uma "Annonying" batida na porta da sua casa. Você vai lá ver quem é que está te enchendo o saco a essa hora da madrugada e descobre que não é ninguém mais, ninguém menos do que Cart... digo, Pokey, seu amigo vizinho. Ele diz que o irmãozinho dele, Picky, foi passear no bosque mas se perdeu, em outras palavras, quando ele foi levá-lo para ver o meteorito. Você fica muito surpreso, terrivelmente preocupado, mas nem um pouco com medo, e vai, feliz da vida, procurar o Picky, logo após ter terminado de falar com seu pai no telefone. Ok, caminhadas no campo na madrugada costumam ser relaxantes, mas não quando cachorros loucos, cobras loucas e corvos loucos (esses corvos sorriem loucamente e bicam o seu olho, tome cuidado!) ficam querendo te matar (preste atenção nas ações do Pokey, pois elas são hilariantes).
Você deve ter enfrentado os bichos e pensou "Caramba! Esse cara tá tentando me fazer jogar esse RPG com esse ridículo sistema de batalha?".
Sim, estou. Admito que na primeira vez que você dá de cara com uma tela de batalha onde não aparecem os seus personagens, só o inimigo, é chocante, frustrante e até desanimador. Porém, conforme se vai tomando gosto pela coisa, percebe-se que Earthbound não é Earthbound sem esse jeito louco de se lutar, do mesmo jeito que o Mario não é o Mario sem o bigode ridículo dele, que aprendemos a amar devido aos longos anos de convívio. Não sei se esse será o seu caso, mas eu, devido a esse sistema, fico imaginando tudo o que é descrito. E me divirto pacas com isso.
Voltando: Você achou o Picky depois de procurar bastante e está o levando para casa, quando Pokey tem alucinações sobre um zumbido de abelha. Ele lhe pergunta se escuta alguma coisa. Pokey não estava ficando louco: de fato, havia uma abelha dentro do meteorito, ou algo parecido com uma abelha, que veio 10 anos do futuro. Buzz Buzz (esse é o nome da criatura, que, lembrando, não é uma abelha) explica que no futuro "all is devastation". Gyigas, o destruidor cósmico universal, mandou todos para o horror da escuridão eterna[sic]. Porém, reza a lenda do futuro que três garotos e uma garota irão derrotar Gyigas, mas ele te conta o resto depois. Amh... onde estávamos? Ah é! Você achou o Picky. Leve-o pra casa, oras. E lá, após ter escortado os irmãos Pokey e Picky, Buzz Buzz explica que você tem unir o seu poder com o da...Terra! MOTHER Earth! EarthBOUND!(sacou??) E que há oito locais que você deve visitar, chamados "Your Sanctuary", para você ter seu poder multiplicado e poder salvar o mundo do terrível, malvado e demoníaco Gyigas! E assim começa essa maravilhosa historinha.
Agora, coisinhas técnicas. O gráfico do jogo é fofinho, bonitinho e adorável. Você, quando pequeno, iria adorá-lo. Não há nada errado com a jogabilidade, pelo menos não pra mim. E com uma das melhores trilhas sonoras que já ouvi. As músicas de batalha seriam um grande sucessos nas maiores baladas, é impossível não ficar batendo o pé ou mexer a cabeça com elas. Outras são simplesmente inesquecíveis (existe uma que quase me faz chorar). Engraçados, carismáticos e inesquecíveis personagens. Vale a pena lembrar das cômicas falas do jogo (por exemplo: "A Beatles' Song: ---terday [YES] [NO]" hahaha). A história não é nem um pouco complexa, como devem ter percebido, mas desde Super Mario World eu já havia notado que uma história complexa não é um requisito para um jogo bom. Além disso, a trama de Earthbound é dotada de vários, repito: vááários Deus Ex-Machina, que são perfeitamente usados, deixando a história muito mais engraçada.
Eu sei, leitor, eu sei que essa minha indicação não te encheu de curiosidade, mas sou muito fresco a respeito de spoilers, e, infelizmente, considero quase tudo um spoiler. Não falo muita coisa, então (apesar de ter ficado meio grande... meio). Earthbound não se resume a esse textinho, e é bem mais engraçado que ele. Aos fanzóides, digo que o mestre Myiamoto supervisionou esse jogo. Aos mais decentes, digo que Earthbound se torna mais épico a cada passo de Ness, Paula, Jeff e Poo, personagens que você amará pelo resto da vida. Esse jogo tem algo mágico dentro dele que poucos, ou nenhum outro conseguiu me transmitir. Então afirmo, sem titubear, que esse é o meu RPG predileto, e um dos dez melhores jogos já feitos para SNES (e quem sabe para o mundo). Em suma...
...inesquecível.
...inesquecível.
Um comentário:
jogão, estou terminando pela centésima vez, nunca usei a invencibilidade
Postar um comentário