domingo, 18 de janeiro de 2009

32) Nem só de Street Fighter e Mortal Kombat vivia o SNES para jogos de luta

E lá vamos nós para o primeiro post efetivo de 2009!

E nada melhor para iniciar esse ano do que abandonar um pouco os "posts temáticos" e voltar ao modelo dos meus posts iniciais, até porquê ainda temos vários jogos antigos que ainda não receberam um comentário a altura por aqui. Sendo assim, os (cinco) leitores daqui desse blog pdoem esperar mais comentários de jogos antigos durante esse ano (bom, pelo menos tentarei cumprir essa promessa XD).


Bom, como vocês já devem ter percebido pelo título, falarei hoje sobre um jogo de luta. Aliás, gênero esse que teve o seu ápice no Brasil justamente na década de 90, tanto nos arcades quanto nos consoles. E o culpado desse sucesso todos sabem qual foi: Street Fighter II! Depois dele, vieram vários outros tentando beliscar um pouco do sucesso dele. Alguns até inovaram em alguns aspectos, mas nenhum deles conseguiu chamar a minha atenção. Até que, já no período final do SNES, em 1995 (um ano antes já havia sido lançado a versão Arcade), uma empresa que já mostrava a sua qualidade com Donkey Kong Country, a ponto de se tornar uma "second-party" da Nintendo, lança um jogo que fez os meus olhos brilharem, e que, a partir daquele momento, acabou até recebendo mais atenção que Street Fighter. Com vocês...



1) Nome do jogo - Killer Instinct

2) Plataforma - SNES

3) Datas de Lançamento - 1 de agosto de 1995

4) Produtora - Rareware

5) Distribuidora - Nintendo

6) Gênero - Luta

7) História - A história de Killer Instinct começa num passado distante, onde ocorre no mundo uma guerra de proporções titânicas. Dois lordes da guerra travavam uma batalha terrível entre si, onde muitas pessoas eram mortas, exércitos eram destroçados e o mundo era colocado a prêmio. Decididos a acabar com isso, um grupo de heróis enfrenta bravamente os dois lordes inimigos, e criam um feitiço que sela os dois titãs no limbo. Temporariamente, a paz voltou a reinar. Do passado, passamos a um futuro caótico e não tão distante da nossa era. A poluição tomou conta do meio ambiente, os governos caíram; agora o mundo é controlado por mega-corporações que se enfrentam e se destróem pelas riquezas do planeta.

Nesse contexto, sobressai-se uma mega-corporação: Ultratech. Ao invés de entrar em conflitos diretos com outras corporações, a Ultratech se mantém vendendo armas avançadas para as corporações se destruírem. Mas a Ultratech não domina o mundo apenas através da venda de armas, mas também através da mídia: sua divisão de entretenimento produz o maior fenômeno televisivo do planeta: o torneio Killer Instinct, que ainda serve como campo de testes para as armas da Ultratech. Nesse torneio, promete-se aos vencedores tudo o que eles quiserem, mas nem sempre garante que a promessa será cumprida. Enquanto os perdedores sofrem um destino cruel nas mãos da empresa.

8) Impressões pessoais - Como já foi dito no texto introdutório, minha vida gamística nos jogos de luta se iniciou (assim como para 99,99999999999999999999% dos games com idade entre 15 e 35 anos) com Street Fighter II. E, desde que o jogo surgiu, nenhum outro jogo de luta conseguiu despertar o meu interesse. Mortal Kombat, apesar da novidade com o Motion Capture e também os fatalites, tinha uma jogabilidade horrível na minha opinião, além do único apelo sanguinolento; Art of Fighting era simplesmente uma cópia de Street Fighter (prevejo que vão querer me empalar vivo depois desse comentário), assim como os outros jogos de luta da SNK (talvez a única exceção seja Fatal Fury); The King of Fighters, por ser uma junção de todas as sérires de luta da SNK, também não me interessou. Isso só para ficar nas mais conhecidas. Até que, no começo do ano de 1995, na barraca de fliperamas da rodoviária onde eu pegava o ônibus para ir para o colégio (detalhe, a barraca ainda existe!!!) eu encontro isso:



Nem preciso dizer que imediatamente fui enfeitiçado pelo jogo dinâmico, com gráficos arrebatadores e, o mais importante, pelo sistema de combos como base de sua jogabilidade, que, até onde eu saiba, era inédito na época. Bom, nesse dia, cheguei (muito) atrasado no colégio. E, desde esse dia, eu dedicava um pouco do meu tempo (e do meu dinheiro) a esse jogo.

Meses depois, ao comprar a minha edição mensal da saudosa Ação Games, vejo a notícia de que o jogo iria ter uma adaptação para o SNES. Logo de cara eu pensei: "Impossível!! Nunca que o SNES conseguiria ter um jogo desse nível! Acho que nem o Playstation conseguiria fazer um jogo desses!!" Bom, ainda bem que o pessoal da Nintendo tem os seus próprios consultores, e não dariam ouvidos a um neguinho baixinho de 15 anos. E, assim, em agosto de 1995, ocorre o lançamento da versão para SNES. E qual não foi a minha supresa ao ver que a adaptação foi extremamente fiel, sugando ao máximo as capacidades do console.

Duvida, então veja esses vídeos comparativos entre as duas versões:

1) Video de um speedrun para versão Arcade (emulada no computador) com o personagem Jago:



2) Vídeo de um speedrun para a versão SNES com o mesmo personagem:



Como podemos ver, dadas as respectivas diferenças de cada plataforma (no arcade, era utilizado a engine Ultra64, que ofi a base para o Nintendo 64), a conversão foi simplesmente sensacional. Diria até mais: foi uam das conversões mais fiéis que eu jpa vi. Os gráficos, apesar de claramente inferiores, compartilhavam a mesma base do arcade, a jogabilidade era a mesma, tinhamos todos os movimentos (golpes, combos, ultras, fatalites, etc.) do arcade, enfim, tudo que o aquele jogo maravilhoso proporcionava no arcade estava ao alcance de quem tinha um SNES. Não é preciso ser advinho para perceber que todo o meu vício foi transferido agora para a adaptação.

Mas o maior atrativo do jogo eram os combos. Antes de Killer Instinct, os jogos de luta baseavam-se em golpes normais (socos, chutes, etc.) e em golpes especiais, acionado através de combinações entre movimentos com o direcional e os botões de soco/chute. Dependendo de sua habilidade/rapidez de raciocício/intimidade com o jogo, era possível linkar alguns desses golpes, formando, assim, combos. Entretanto, os combos não eram a base dos jogos de luta. Até surgir Killer Instinct.

Tda a jogabilidade de Killer Instinct era baseada em combos, que eram acionados a partir da combinação de alguns movimentos feitos através da combinação direcional/botões. E, como tinhamos vários golpes, tínhamos uma variedade de combos inacreditável para a época (e ainda hoje também). Não era important apenas derrotar o seu adversário, era necessário fazer isso com o combo mais estiloso (ou mais devastador) possível, para vencer com estilo.

Mas calma! Havia uma maneira de você não ser humilhado levando tantos combos:



O jogo continha o chamado "Combo Breaker", que era um movimento (único para cada personagem) que permitia cancelar o combo do adversário, poupando-o da humilhação pública (tá, exagerei!). Isso tudo deixava o jogo bastante dinâmico e divertido.

Cada combo recebia um nome que depende do número de golpes realizados consecutivamente (Hits):
  • Triple Combo: 3 Hits
  • Super Combo: 4 Hits
  • Hyper Combo: 5 Hits
  • Brutal Combo: 6 Hits
  • Master Combo: 7 Hits
  • Awesome Combo: 8 Hits
  • Blaster Combo: 9 Hits
  • Monster Combo: 10 Hits
  • King Combo: 11 Hits
  • Killer Combo: 12 ou mais Hits
  • Ultra Combo: 20 ou mais Hits
  • Ultimate: É um combo especial que qualquer pessoa com o movimento certo pode executar.
Os combos até o Killer Combo poderiam ser executados em qualquer momento da luta. Já o Ultra Combo ( o combo mais devastador, com 20 hits), só podia ser executado quando a energia do adversário estava vermelha e piscando. Nem preciso dizer que todos que jogavam procuravam finalizar a luta com esse movimento. E, como era permitido linkar o Ultra Combo com um combo normal, surgiam combos devastadores de 20, 30 e até 40 hits!!!!

Duvida de novo!!??? Então veja com os próprios olhos:

1) Jago - 33 Hits




2) Glacius - 33 Hits




3) Orchid - 41 Hits




4) TJ Combo - 33 Hits



5) Cinder - 37 Hits



6) Spinal - 33 Hits




7) Thunder - 37 Hits




8) Sabrewulf - 36 Hits




9) Riptor - 34 Hits (desculpem a má qualidade do vídeo, foi o único dele que achei!)


10) Fulgore - 34 Hits



Detalhe que eu postei os vídeos que não exploram glitches absurdos, já que, abusando dos bugs presentes no jogo, é possível obter 80 FUCKING ULTRA COMBO HITS!!!!

Por todos esse predicados, Killer instinct, apesar de não ter a mesma pompa de um Street Fighter ou mesmo de um The King of Fighters, têm o seu lugar garantido no hall da fama dos jogos de luta. Por conta de sua jogabilidade dinâmica e sistema até então inédito de combos (vários jogos lançados depois dele passaram a incorporar esse sistema), esse jogo se tornou um dos meus preferidos até hoje! E, posso dizer com propriedade, que ainda demrará muito para surgir outro que causasse tanto espanto e inovação quanto ele causou.

9) Fotos do jogo -






2 comentários:

Anônimo disse...

Ótimo texto para um ótimo jogo.
Só queria dizer que logo de cara, a primeira coisa que me chamou atençâo nesse jogo foi a cor da fita, preta!
o resto é história=D

Anônimo disse...

as fitas originais vinham pretas msm x)