sexta-feira, 19 de março de 2010

47) Dossiê Gameretro #02 - Intelligent Systems

Bom, depois de um mês sem postagens, estou de volta! Acredito até que vocês (2) estão acostumados com isso, então não vou nem tentar justificar. Mas fiquem tranqüilos, chegarei ao post de número 50 ainda esse ano!!! =D

E. como próximo post, resolvi retomar uma série que comecei a alguns meses atrás, onde eu falava um pouco a respeito daquelas desenvolvedoras das maravilhas de software chamados games que tanto adoramos. Sim, estou falando do...



Nessa edição, falaremos sobre um dos braços principais da toda-poderosa Nintendo, criada nos seios da própria empresa japonesa para desenvolvimento de hardware, e que, com o passar dos anos, acabou se tornando uma das mais sólidas empresas de games, se mantendo como uma das first-party da Nintendo, com duas franquias de estratégia extremamente sólidas em sua qualidade. Com vocês, a...



1) Nome - Intelligent Systems Co. Ltd.

2) Nacionalidade - Japonesa

3) Data de fundação - 18 de fevereiro de 1984 (Japão); 18 de Outubro de 1985 (EUA)

4) Presidente - Toru Nahiriro

5) Nº de empregados - 123

6) Website - www.intsys.co.jp

7) Sobre a empresa - A Intelligent Systems começou como uma equipe de um homem só, por mais incrível que isso possa parecer. O homem em questão era Toru Nahiriro, que foi contratado pela Nintendo para fazer o port dos jogos de Famicom Disk para cartuchos. Pouco depois, a empresa se tornou uma subsidiária da Big N, onde trabalhava basicamente com ports de jogos e desenvolvimento de hardware. Nesse período, muitas das suas contribuições foram em conjunto com a Nintendo R&D1 e R&D4, em vários títulos.

Os primeiros jogos programados pela Intelligent Systems foram Famicom Wars e Fire Emblem, já no fim do ciclo do Famicom, em conjunto com a Nintendo R&D1 (que cuidou do design (gráfico e do game), além da trilha sonora. Com o sucesso dos dois jogos, a Intelligent ( ou, melhor dizendo, Toru Nahiriro) conseguiu enfim contratar uma equipe inteira para que a empresa deixasse de ser apenas uma programadora de jogos para, enfim, ser uma desenvolvedora completa, se consolidando até hoje como uma das mais prolíficas e regulares empresas, sempre produzindo games para a Big N.

Inicialmente, a empresa baseada a maioria dos seus esforços nas suas duas maiores franquias, Fire Emblem (que teve uma sequência para o Famicom e tres para o SNES, ambas apenas no Japão) e a série Wars, que, além do primeiro jogo para o Famicom, ganhou um para SNES e quatro para o Game Boy. Ambas apenas para o mercado nipônico. Ambas as séries começaram a sair para o mercado Norte-Americano apenas no Game Boy Advance.

Além delas, a Intelligent Systems desenvolveu vários outros jogos junto com a Nintendo, como Battle Clash (um dos poucos jogos do SNES a utilizar a Super Scope, o controle-bazuca), a série Paper Mario, além daquele conhecido pelos leitores desse blog como "o maior jogo de todos os tempos" (mesmo que muitos não achem isso).

8) Sobre os jogos - Assim como na edição anterior, a Intelligent Systems produziu uma boa variedade de jogos, todos eles para os consoles da Nintendo, sendo uma das pouquíssimas first-party a existirem atualmente. Vamos comentar alguns que eu conheci dessa empresa.



a) Super Metroid (SNES) - Por coincidência (ou não), o primeiro jogo que eu conheci dessa empresa (na verdade, desenvolvida por ela, e produzida pela R&D 1) foi o que eu considero o pináculo dos games, o melhor jogo de todos os tempos. Eu já falei demais sobre ele (e sempre falarei quanto houver a oportunidade), sendo assim, caso vocês queiram saber o que eu acho dele, basta clicar no link aqui.



b) Tetris Attack (SNES) - Até hoje, mesmo passados 14 anos desde o seu lançamento, mesmo tendo lançado inúmeras versões de Tetris antes e depois dele, mesmo ele sendo, na verdade, um port do jogo Panel de Pon, utilizando os personagens de Super Mario World 2: Yoshi Island, o malhor jogo baseado nos tetraminos de Alexey Pajitnov. E se você ainda não o conhece, não sabe o que está perdendo. Depois de jogá-lo, você não conseguirá parar, eu garanto!



c) Battle Clash (SNES) - O jogo que acompanhava a Super Scope, a "super bazuca da Nintendo" (podem falar, não deveria trabalhar no departamento de marketing da Nintendo? =D) era até legal, mas infelizmente (assim como o acessório, em parte pelo fato dele ser um enorme trambolho!!) ele não fez tanto sucesso. Mesmo assim, vale o registro histórico dele. E, caso você esteja curioso, é possível jogá-lo no emulador, utilizando o mouse (como nos FPS comuns do PC).



d) Super Famicom Wars (SNES) - Apesar dele não ter sido lançado no Ocidente, além de não haver nenhum patch de tradução até agora, eu, empolgado com os outros jogos da série que tinha jogado (e ainda jogo) até cansar, resolvi me arriscar, mesmo em japonês, indo apenas pelo meu instinto. E não é que consegui fazer algumas gracinhas? Claro que fiz muita merda no jogo, mas, em todo o caso, mesmo sem entender nada percebe-se uma jóia a ser lapidada aqui. Toda a base da série que ocnehcemos hoje encontra-se aqui. Bem que poderiam providenciar um patch de tradução para esse aqui...


Edit: Uma coisa que quase esqueci de comentar é a apresentação dele. È de rolar de rir. Vejam:


É ou não é de rolar de rir? =D

e) Advance Wars (GBA) - O primeiro da série a ser lançado no Ocidente é uma pérola quase que perdida do GBA (e que está sendo desbravada pelo Fara, no Retroplayers). Simples até nos seus primeiros passos, mas que exige uma dedicação do aspirante a general; uma dificuldade alta, mas bem balanceada; animações muito bem feitas, enfim, vendo esse jogo, muitos se perguntam (eu incluído): porquê essa série demorou tanto para aparecer no Ocidente?



f) Advance Wars 2: Black Hole Rising (GBA) - Para muitos, o ápice da franquia. As mesmas qualidades do jogo anterior, acrescidas de novidades muito bem-vindas (a inclusão da máquina de destruição em massa Mega Tank; a inclusão do modo multiplayer, refinamento no gameplay; editor de mapas), tudo isso com aquele clima de "Guerra com unidades de plástico" que a série possui. Um jogo quase que perfeito.



g) Fire Emblem (GBA) - O único que cheguei a jogar da série (que já está no seu décimo episódio; onze, se contarmos o remake do primeiro para o Nintendo DS), e desde já me encantei com a história com todos os clichês que se espera de uma época medieval (e isso é um elogio), personagens carismáticos, e um sistema de jogo razoávelmente complexo, desafiador, cruel (persoangem morto em batalha é realmente morto!!), mas, acima de tudo, que instiga o jogador a vencê-lo. Mal posso esperar para jogar os outros da série...

E, com isso, termino a segunda edição do Dossiê Gameretrô. Espero que todos vocês (2) leitores tenham gostado e aprendido um pouco mais sobre mais uma empresa desse maravilhoso mundo dos jogos eletrônicos. E, mais uma vez, prometo que chegarei ao post de número 50 ainda esse ano, mesmo com o ritmo de tartaruga com diarréia que os posts aparecem por aqui!!! =D

Até a próxima e bons games a todos!!!

Um comentário:

Cyber Woo disse...

Hahaha! muito bom!! ae já linkei tu no N.O.P!!
Ae muito bom o post! parabens vei! :D