"Eu voltei, e vim para ficar! Porque aqui, aqui é o meu lugar..."
Tudo bem, eu sei, foi bastante brega essa minha frase inicial, mas tinha que marcar a minha volta de alguma forma. :)
Depois de um mês de maio totalmente complicado (zilhões de trabalhos para entregar, resumos e painéis para congressos, computador quebrado, viagem marcada...), cá estou, de volta ao blog. E desta vez para valer, com um computador novinho em folha (e bastante turbinado)...
Desta vez, será feita uma comemoração por aqui. Um pouco atrasada, é verdade, mas nem por isso desprovida de emoção e de sentimento (nossa, ficou muito clichê isso...). A homenagem será sobre um personagem que foi criado modestamente, mas que, hoje em dia, é considerado um dos maiores símbolos de uma gigante do mundo dos games. Esse personagem, que apesar da aparência infantil, sempre primou pela dificuldade de seus jogos, completou 20 anos no final do ano passado (mais precisamente, no dia 17 de dezembro de 1987) . 20 anos enfrentando um sem-número de inimigos bastante característicos. Ele não é nada mais, nada menos do que:

- A criação da lenda:
A história do primeiro jogo é até simples, mas suficiente para um bom jogo: Após criar robôs para trabalhos domésticos (Rock e Roll), o Dr. Thomas Light desenvolveu seis robôs para fins industriais: Cut Man (que servia para cortar lenha), Guts Man (que ajudaria na construção civil), Ice Man que seria utilizado para pesquisas nas regiões glaciais, Bomb Man que serveria pra abrir cavernas bloqueadas, Fire Man que seria usado para criar combustíveis e Elec Man que ajudaria a reduzir o preço da energia elétrica. Graças a esses robôs, o Dr. Light ganha o reconhecimento da comunidade científica. Então o Dr. Albert Wily fica com inveja de seu rival (Dr. Light) e resolver reprogramar os seis robôs. Quando o Dr. Light percebeu já era tarde demais: ele então decide reprogramar Rock (que passaria a se chamar Megaman) e envia-lo pra combater esses robôs e impedir que Wily domine o mundo.
Uma das características do jogo (e que perdura até hoje) é a sua não-linearidade: logo de cara, você poderia escolher qual dos seis chefes iniciais (todos os outros da série clássica possuíam oito chefes) enfrentaria primeiro. Entretanto, havia sempre uma sequência de chefes que tornava a jogatina mais tranquila, já que, além de sempre termos um robô mais fácil de ser derrotado com a Mega Buster (a arma inicial), a cada robô derrotado, Mega Man adquire a arma do mesmo, que é justamente a fraqueza de um outro robô.
Essas particularidades ajudaram e muito na popularidade do jogo, uma vez que isso obrigava o jogador a descobrir a "ordem certa" de enfrentar os robôs, aumentando assim o fator replay. Outro fato bastante conhecido da série é a sua razoável dificuldade (especialmente os jogos da era do NES), principalmente o primeiro, pela ausência de passwords.
- O sucesso do primeiro jogo inicia a Mega Man Mania!!
Outra característica bastante peculiar e que ajudou e muito na sua popularidade é que, antes do lançamento de cada jogo da série, a Capcom promovia um concurso onde os fãs tinham a oportunidade de desenhar alguns dos robôs que estrelariam o jogo. Esse concurso perdurou durante toda a série clássica do jogo.
A série teve o seu capítulo derradeiro no NES em 1993, com o sexto jogo (que, curiosamente, quase não foi lançado, pois, nessa época a era 16-bit já dominava o mercado). Após esse capítulo, a Capcom percebeu que a série precisava de uma renovação, e, a partir daí, Inafune resolveu avançar um século na cronologia.
- 1994 - Surge a Série X
Keiji Inafune pretendia revitalizar a franquia nos 16 bits. A idéia era criar um novo herói, chamado Zero, para continuar a saga do protagonista anterior, mas o que acabou saindo foi Mega Man X. A série acontecia no século seguinte ao da franquia original, onde existiam os reploids, robôs com sentimentos e emoções humanas, além de serem totalmente autônomos. Mega Man X (ou apenas X, como é mais conhecido) foi a última criação do Dr. Light, encontrado numa cápsula pelo Dr. Cain durante uma escavação.
Mega Man X se junta aos Maverick Hunters, um grupo de reploids que caça os Mavericks (duh!), que também são reploids e acreditam que os humanos atrasam o desenvolvimento do mundo e de sua raça. Sigma, o antigo líder dos Hunters, acaba se tornando o líder dos Maverick. Os Hunters passam então a serem liderados por Zero (que na verdade era uma criação do Dr. Wily, mas que não agia como o vilão que deveria ser), e X entra na guerra se perguntando se era certo lutar contra seus “iguais”.
Como pode-se perceber nos parágrafos iniciais, a série X, ao ocntrário da clássica, possuía uma abordagem um pouco mais séria. Isso sem falar a ação muito mais frenética e desenfreada. O novo Mega Man podia escalar paredes e conseguir itens (como os Heart-Tanks e Sub-Tanks) e partes de uma superarmadura, que aumentavam seus poderes e habilidades. Cada número da série X trazia novidades que o deixavam cada vez mais complexo. Além disso, a partir do quarto episódio da série (já lançado para o PSOne e Sega Saturn), era possível jogar com Zero desde o início do jogo (no terceiro capítulo para SNES, também era possível jogar com Zero, mas apenas na fase inicial). Em Mega Man X7, ainda era possível jogar com um outro personagem, chamado Axel, membro de uma nova geração de reploids.
- Os outros capítulos da série
Em 2001, foi lançada para o Game Boy Advance a série RPG Battle Network, que também fugia completamente do enredo e estilo da franquia original. Neste mundo, existem batalhas entre programas de computador chamados NAVI, e o personagem principal Lan Hikari, controla Mega Man para destruir NAVIs malignos pela Net.
Em 2002, foi lançada também para o GBA a franquia Mega Man Zero, que retomava o esquema de ação 2D. A série dava continuidade à história da série X, onde Zero, despertava 100 anos no futuro. Lá, encontra um mundo dominado à mão de ferro por seu antigo parceiro X. Zero parte em busca de respostas numa trama cheia de mistérios. O jogo trazia grandes mudanças no visual, um desafio empolgante e uma jogabilidade excelente, que inovava sem perder a essência da série. A franquia rendeu quatro versões, com um desfecho emocionante. A série introduz mais uma vez personagens novos, como a cientista humana Ciel e os Quatro Guardiões de X (Harpuia, Fefnir, Phantom e Leviathan).
As versões mais recentes da franquia são ZX (onde um garoto e uma garota conseguem os poderes das armaduras de X, Zero e dos Quatro Guardiões da série Zero, cuja seqüência, ZX Advent, já se encontra disponível) e Mega Man Star Force (que se passa 100 anos após a série Battle Network).
- Mega Man - o personagem mais arroz-de-festa do mundo dos games.
a) Mario
b) Sonic
c) Mega Man
d) Nenhum dos anteriores;
Bom, na verdade, está é uma questão mais complicada do que parece. Se considerarmos apenas os jogos onde os persongens aparecem (sem considerarmos eles como os principais), temos a seguinte contagem:
a) Mario - 149 aparições;
b) Sonic - 165 aparições;
c) Mega Man - 117 aparições;
Entretano, vale lembrar que, tanto o encanador de macacão vermelho quanto o ouriço azul foram (e, no caso do mario, ainda é) o carro-chefe de duas companhias de Hardware (ou seja, que produzem, alem de games, consoles). Com isso, em praticamente todos os jogos feitos pela Nintendo e pela SEGA eles arranjavam um jeitinho de aparecer, nem que seja apenas fazendo uma ponta. No caso do nosso robozinho azul, todos (ou quase todos0 os jogos tinahm ele como pesonagem principal (ou, ao menos, como personagem jogável, se contarmos as séries "Marvel X Capcom" e "Capcom X SNK"). Sendo assim, fazendo essa triagem, e selecionado apenas os jogos em que eles aparecem como personagens principais, temos os seguintes resultados:
a) Mario - 98 jogos;
b) Sonic - 89 jogos;
c) Mega Man - 114 jogos;
Quando disse anteriormente que o Mega Man era um tremendo arroz-de-festa, não estava brincando. Mesmo se considerarmos todas as aparições em jogos, ele só é superado pelos dois maiores pesos-pesados da indústria dos games, Mario e Sonic. Considerando que a SEGA ultimamente anda tratando muito mal o seu mascote, é extremamente prazeroso ver que a série Mega Man é tão bem cuidada, mesmo sendo uma das mais frutíferas da história dos games. Caso queiram tirar a dúvida, vejam a lista dos jogos com o nosso robozinho azul clicando aqui.
E, para terminar essa curta, mas singela homenagem (apenas falei das principais, se fosse falar de todas precisaria de uma tese de doutorado para isso... :) ), trago para todos o vídeo comemorativo da série, feito pela própria Capcom, com trechos dos principais jogos da série. E, aproveitando, desejo que o todo-poderoso Keiji Inafune cuide com cada vez mais carinho desse personagem tão amado por todos e que se tornou símbolo da Capcom.
Até a próxima e bons games a todos!!!
2 comentários:
Puxa vida, faz tanto tempo que eu não jogo Megaman...Meus favoritos são o Megaman 2, o 8, o Megaman & Bass (sim, é bom mesmo, mas eu acho que prefiro o 8...), e o primeiro da série X.Os demais são um pouco fracos, principalmente a série Battle Network, a a série do Zero é um pouco difícil demais, embora eu gosto de jogos difíceis.
Enfim meu caro, gostei muito do seu blog (até porque ele tem um tema -jogos antigos- e um estilo de escrever -muita verbosidade e postagens esporádicas- semelhante ao do meu), to lendo agora alguns dos posts antigos.Cheguei aqui procurando imagens pro Einhänder, a minha última análise, e cheguei no seu post sobre jogos de navinha.Enfim, boa sorte aí com o seu blog, vai ser um dos que eu vou começar a conferir sempre.
Puxa, valeu mesmo pelos comentários elogiosos. É sempre bom encontraqr alguém que também gosta e escreve sobre esse tema.
Espero que goste dos posts antigos, e também visitarei o seu blog (já o inclui nos blogs parceiros.
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