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domingo, 29 de março de 2009

35) Os Arcades - Os jogos mais badalados da época nos lugares mais pé-rapados que você pode imaginar.

Fala galerinha!!! Esse blog ficou um pouco abandonado, mas ele ainda persiste!!

Em todos os posts até então, eu me referi apenas aos consoles de mesa, que embalaram várias noites e madrugadas de todos nós gamers. Entretanto, quem viveu aquela época sabe muito bem que, por mais que os lançamentos para os consoles saciarem a vontade de muitas crianças e adolescentes da época, o melhor, o mais disputado, o
creme de la creme da época estava justamente no boteco da esquina, ou ainda naquele pé-sujo frequentado por bêbados, vagabundos, escroques, meliantes e outros sujeitos de não-tão-boa índole que você passava quando ia a escola. Isso mesmo, estou falando dos tão queridos Arcades (que, por aqui, são chamados errôneamente de fliperamas)!!

- Como assim? Então eu utilizei o nome errado o tempo todo?


Exatamente. Sendo assim, vamos esclarecer essa confusão de uma vez por todas para você nunca mais se enganar a respeito, certo? XD


Quando falamos de fliperamas, nos referimos àquelas máquinas de pinball (ou flipers, daí o nome) cujos primeiros exemplares datam da década de 30. Já quando falamos dos Arcades estamos nos referindo àqueles videogames localizados antigamente nos estabelecimentos citados anteriormente no meu texto introdutório, onde temos um gabinete (caixa de madeira ou material plástico), tubo de imagem (CRT), monitor (componentes para geração da imagem, como fly-back, resistores, capacitores, etc), fonte de alimentação, e sistema de jogo.


O que aconteceu é que, pelo fato dos Arcades serem muito mais comuns aqui no Brasil, eles acabaram sendo chamados popularmente de fliperamas, ou flipers.

Agora, depois dessa pequena aula, vocês não vão confundir mais, certo? XD

- Como essas maravilhas da jogatina surgiram?

Eles surgiram na década de 70, sendo bem mais novos do que os fliperamas. E, ao contrário do que alguns possam imaginar, ele é uma invenção puramente norte-americana. Só que, com o passar dos anos, os japoneses pegaram o jeito da coisa e, atualmente, são eles que dominam essa arte. Aliás, isso chega até a ser uma coisa curiosa, já que agora quem comanda os consoles (que tinham os japoneses como grandes baluartes) são os norte-americanos. Talvez porquê os consoles atuais estejam cada vez mais parecidos com os PC's...

- E porquê eles se extinguiram?

Sim, essa é a mais pura verdade. Antigamente, apesar de toda a diversão proporcionada pelos consoles na década de 80 e 90, eles ainda não chagavam perto dos Arcades. Eram justamente neles que aconteciam os grandes embates, aonde nasciam as grandes lendas da jogatina, aonde eu e muitos de vocês (4) leitores protagonizavam e presenciavam inúmeras histórias.Localizados em sua maioria em pé-sujos frequentados pela assim chamada escória da humanidade (pelo menos era assim que as nossas mães pensavam), esses oásis da diversão consumiam muitas moedas nossas (que eram destinadas aos nossos lanches da escola).

Entretanto, o avanço tecnológico dos consoles citado anteriormente fez com que os sonhos de antigamente finalmente se concretizassem: os videogames domésticos alcançaram o poderio gráfico dos Arcades. Isso começou na verdade com o Neo Geo, mas, na época, pelo seu preço absurdo (maiores detalhes aqui) fazia com que ele fosse apenas um sonho distante para a maioria. Mas, depois, vieram o Sega Saturn (e suas conversões fodásticas dos jogos de luta), o Dreamcast (Soul Calibur na veia!!!!) e, a partir daí, os gamers não precisavam se sujeitar a andar até a esquina mais próxima; enfrentar aquele ambiente quase que inóspito; arriscar a perder o seu lanche, as suas fichas, e muito provávelmente a sua dignidade para o valentão da escola.

Além disso, o Seu Manoel do bar da esquina não conseguia competir com os shoppings! Isso mesmo: os Arcades foram se encaminhando lentamente para eles. Com isso, a diversão totalmente roots, totalmente hardcore das nossas infâncias se tornou um programa para a família, no aconchego e na segurança dos grances centros de consumo.

E, para dar a pá de cal final, com o avanço monstruoso dos consoles atuais, acabou sendo mais vantajoso para os investidores colocar vários XBOX 360's e PS3 na sua "casa de jogos". Afinal de contas, para que preciso importar um Arcade que pode demorar semanas ou até mesmo meses para ficar pronto se eu posso manter o meu negócio me abastecendo na Uruguaiana (ou na 25 de março, se você for de SP) mais próxima?

Resumindo a bagaça: a nossa diversão tão amada praticamente sumiu do mundo. O único local que os Arcades ainda resistem é a tão famosa terra do Sol Nascente: o Japão. Mas até mesmo lá os Arcades estão sofrendo com o crecente avanço dos consoles. Para nós, old gamers (e também para os mais novos que quieram conhecer a história dos consoles), só nos resta o emulador mor dos Arcades: o M.A.M.E.

- Os maiores consumidores de fichas (e também do nosso dinheiro do lanche)

Claro que não poderia terminar um post com um assunto desse sem uma listinha de jogos fuderosos para você se divertir pelo M.A.M.E.. Sendo assim, sem mais delongas, aqui vai uma pequena lista de engolidores de fichas dos mais divertidos (e agora, com a vantagem que você não vai gastar nenhum dinheiro com isso. XD). Vou fugir dos mais óbvios (Street Fighter, Mortal Kombat) e também daqueles que já citei em outros posts, até porquê o negócio aqui é revelar grandes pérolas dos Arcades. Alguns dos citados até saíram para outros consoles, mas, acreditem, eles são ainda melhores jogando pelo M.A.M.E. (a única exceção seja os jogos para Neo Geo, já que ele próprio era um fliperama!!). Então, lá vai:

1) Aero Fighters 2 (Sonic Wings 2)





Falou em Arcade, estamos falando mais espcificamente de quatro gêneros de jogos: shoot'em ups, beat em ups, jogos de luta (especialmente nos anos 90), e simuladores (Daytona!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!). E não podemos falar de shoor'em ups nos Arcades no Brasil (especialmente nos anos 90) sem falar de Sonic Wings 2, vício constante de muitos jogadores na época (eu incluído!). Não chegava a ser um jogo "bullet-hell" como muitos do estilo, mas consumia uma boa quantidade de fichas da galera. O curioso é que, na época, só encontrava o Sonic Wings 2, e só conheci o primeiro da série quando coloquei as maõs no M.A.M.E.

2) Captain Commando





Outro jogo que não pode deixar de ser citado. Claro que existem outros figurões do estilo nascidos nos Arcades (Final Fight á frente deles), mas foi esse jogo (junto com outro que será citado por aqui) que iniciou uma "nova era" para o gênero nos Arcades nos anos 90. O curioso é que o jogo se passa na mesma Metro City onde se situava Final Fight. A diferença é que, aqui, o jogo se passa em 2026. E como era divertido espancar criminosos geneticamente modificados com mais três amigos (eu sempre escolhia o bebê).

3) Cadillacs and Dinossaurs




Esse, junto com Captain Commando, ditou o ritmo dos beat-em ups no início da década de 90. Lançado um ano depois do jogo citado acima, "Cadillacs and Dinossaurs" é um dos jogos de Arcade mais lembrados, seja pelos personagens carismáticos (com certeza a maioria lembra de
Mustapha Cairo, o engenheiro com quem todos preferiam jogar), seja pela oportunidade de cruzar cidades submersas e selvas enfrentando inimigos e até mesmos dinossauros modificados genéticamente.Duvida? Temos até uma banda de rockabilly recifense batizada com o nome do jogo. Se isso não é ser lembrado, eu não sei mais o que é!!!!


4) Warriors of Fate






Sim, eu sei, mais um beat 'em up. Mas o que eu posso fazer se essa era (e ainda é) a minha especialidade!XD


Esse não é tão conhecido, mas garanto que não fica nada a dever aos outros dois citados (acho esse jogo até melhor do que os outros). Além de todas as características que continham em todos os bons games do gênero, "Warriors of Fate" contava com uma peculiaridade que o destacava: ao derrotar qualquer oponente com uma sequência específica de golpes (baixo + cima e soco), o oponente era impalado, ou cortado ao meio, depedendo com qual personagem você jogue. Além disso, tinha uma das melhores jogabilidades em um beat 'em up. Caso não o conheçam, joguem ele!!!

5) Giga Wing




A Capcom, que nos deu tantas alegrias nos Arcades com seus games de luta e beat 'em up, sabe também fazer bons shooters. E esse é bullet-hell até a veia. Mas o grande barato desse jogo é que você pode utilizar os (milhões) de tiros inimigos contra eles, acionando um escudo protetor (que dura cerca de 3 segundos). Esse componente extra, aliado aos quinquilhões de pontos que você pode ganhar ao fazer isso, é mais do que suficientes para que muitos pilotos se tornem kamikazes, esperando o momento certo para rebater os milhões de tiros que vêm em sua direção. Aposto que você já está salivando para por as mãos nessa preciosidade...


6) Daytona USA





Se já tivemos "Need For Speed", "Driv3r", "Ridge Racer", e outros simuladores de corrida bastante realistas, boa parte deles deve a sua criação a esse Arcade de 1994, criado pelo mago Yu Suzuki. É o Arcade mais bem sucedido e de maior faturamento de todos os tempos. Isso se deve, entre outras coisas, pela diversão proporcionada pela possibilidade de quatro pessoas jogarem através de cabines acopladas. Sendo que, no Japão, existiam Arcades com OITO cabines acopladas!!! Imagina a bagunça (no bom sentido da palavra) de se jogar com mais 7 jogadores!!!

7) Cruis'n USA




Se a Sega arrebentava com Daytona USA, a Nintendo (junto com a Midway) tinha Cruis'n USA! Com um clima muito mais arcade do que o seu concorrente, esse jogo também ganhou muitos adeptos por aqui. Esse jogo ainda teve ainda mais duas sequências para Arcades (além dos jogos da série para Nintendo 64, Game Boy Advande e Wii). Os jogos consistem em correr contra outros carros em várias pistas e, adicionalmente, executar algumas manobras durante as corridas.

8) The King of Fighters 94




Claro que não podemos falar de Arcade sem mencionar o pacotão de lutadores da SNK cujo primeiro jogo da série foi lançado há 15 anos. Mantendo sempre o velho esquema de lutas entre equipes de 3 lutadores, essa franquia rendeu muitos admiradores por todos os fliperamas desse Brasil Varonil, mesmo em tempos de gráficos 3D e realismo ao extremo. O que só prova que os games tadicionais em 2D, quando bem feitos, ainda podem fazer muitos estragos.

9) X-Men Vs Street Fighter




E já que falamos de pacotão de lutadores de várias franquias, não podemos deixar de falar no jogo que iniciou a série de crossovers da Capcom. Lançado juntamente para Arcades e os consoles do momento na época (Playstation e Sega Saturn), esse jogo iniciou uma nova era nos jogos de luta, com os seus combos aéreos, seus pulos duplos, e, principalmente, seus especiais exagerados. E essa mistura acabou agradando a todos!

Bom vou acabando esse post por aqui. Claro que temos muitos mais jogos de fliperama para comentar, mas levaria anos para comentar sobre todos os que valem a pena. Sendo assim, façam isso vocês (4?) mesmos: consigam as ROMS (e o MAME) e depois coloquem aqui nos comentários outros jogos que deveriam ser lembrados.

Até a próxima e bons games a todos!!!

domingo, 1 de junho de 2008

17) Um simpático robô azul com mais de 20 anos de estrada

Parafraseando um certo cantor:

"Eu voltei, e vim para ficar! Porque aqui, aqui é o meu lugar..."

Tudo bem, eu sei, foi bastante brega essa minha frase inicial, mas tinha que marcar a minha volta de alguma forma. :)

Depois de um mês de maio totalmente complicado (zilhões de trabalhos para entregar, resumos e painéis para congressos, computador quebrado, viagem marcada...), cá estou, de volta ao blog. E desta vez para valer, com um computador novinho em folha (e bastante turbinado)...

Desta vez, será feita uma comemoração por aqui. Um pouco atrasada, é verdade, mas nem por isso desprovida de emoção e de sentimento (nossa, ficou muito clichê isso...). A homenagem será sobre um personagem que foi criado modestamente, mas que, hoje em dia, é considerado um dos maiores símbolos de uma gigante do mundo dos games. Esse personagem, que apesar da aparência infantil, sempre primou pela dificuldade de seus jogos, completou 20 anos no final do ano passado (mais precisamente, no dia 17 de dezembro de 1987) . 20 anos enfrentando um sem-número de inimigos bastante característicos. Ele não é nada mais, nada menos do que: Isso mesmo! O nosso simpático robo azul, Mega Man!!

  • A criação da lenda:

Há pouco mais de vinte anos atrás, a Capcom, vendo o crescente potencial do mais novo console da Nintendo (o NES), decidiu apostar pesado. A empresa, ja veterana nos arcades, decidiu criar um jogo de aventura totalmente novo, e , para isso, designou Keiji Inafune para criá-lo. Assim, Inafune, inspirado pelos animes (e em especial por Osamu Tezuka, criador de Astro Boy), foi criado o simpático robozinho azul. Vale lembrar que, inicialmente, o persoagem principal era para ser vermelho, mas acabou tendo as cores que nós conhecemos devido as limitações gráficas do Nintendinho (a cor com maior nível de detalhes era justamente o azul).

A história do primeiro jogo é até simples, mas suficiente para um bom jogo: Após criar robôs para trabalhos domésticos (Rock e Roll), o Dr. Thomas Light desenvolveu seis robôs para fins industriais: Cut Man (que servia para cortar lenha), Guts Man (que ajudaria na construção civil), Ice Man que seria utilizado para pesquisas nas regiões glaciais, Bomb Man que serveria pra abrir cavernas bloqueadas, Fire Man que seria usado para criar combustíveis e Elec Man que ajudaria a reduzir o preço da energia elétrica. Graças a esses robôs, o Dr. Light ganha o reconhecimento da comunidade científica. Então o Dr. Albert Wily fica com inveja de seu rival (Dr. Light) e resolver reprogramar os seis robôs. Quando o Dr. Light percebeu já era tarde demais: ele então decide reprogramar Rock (que passaria a se chamar Megaman) e envia-lo pra combater esses robôs e impedir que Wily domine o mundo.


Uma das características do jogo (e que perdura até hoje) é a sua não-linearidade: logo de cara, você poderia escolher qual dos seis chefes iniciais (todos os outros da série clássica possuíam oito chefes) enfrentaria primeiro. Entretanto, havia sempre uma sequência de chefes que tornava a jogatina mais tranquila, já que, além de sempre termos um robô mais fácil de ser derrotado com a Mega Buster (a arma inicial), a cada robô derrotado, Mega Man adquire a arma do mesmo, que é justamente a fraqueza de um outro robô.

Essas particularidades ajudaram e muito na popularidade do jogo, uma vez que isso obrigava o jogador a descobrir a "ordem certa" de enfrentar os robôs, aumentando assim o fator replay. Outro fato bastante conhecido da série é a sua razoável dificuldade (especialmente os jogos da era do NES), principalmente o primeiro, pela ausência de passwords.
  • O sucesso do primeiro jogo inicia a Mega Man Mania!!

O primeiro jogo da série acabou sendo um sucesso absoluto. Com isso a Capcom, vendo o potencial da sua nova criação, acabou adotando o robozinho azul como uma espécie de mascote oficial da empresa. Além disso, quase que anualmente, lancava-se um novo jogo da série (até 1993, quando foi lançado Mega Man 6) para o NES. Todos os jogos mantiveram a mesma estrutura, com a adição de novos robôs (Proto Man/Blues, o misterioso primeiro robô criado pelo Dr. Light; Rush, o cão-robô–multiuso do Mega Man; Roll, a "irmã-robô do Mega Man, entre outros), além de outras inovações na jogabilidade (como, por exemplo, poder carregar a Mega Buster pressionando o botão de tiro por alguns segundos e a rasteira, pressionando o botão de pulo juntamente com o direcional para baixo).

Outra característica bastante peculiar e que ajudou e muito na sua popularidade é que, antes do lançamento de cada jogo da série, a Capcom promovia um concurso onde os fãs tinham a oportunidade de desenhar alguns dos robôs que estrelariam o jogo. Esse concurso perdurou durante toda a série clássica do jogo.

A série teve o seu capítulo derradeiro no NES em 1993, com o sexto jogo (que, curiosamente, quase não foi lançado, pois, nessa época a era 16-bit já dominava o mercado). Após esse capítulo, a Capcom percebeu que a série precisava de uma renovação, e, a partir daí, Inafune resolveu avançar um século na cronologia.

  • 1994 - Surge a Série X

Keiji Inafune pretendia revitalizar a franquia nos 16 bits. A idéia era criar um novo herói, chamado Zero, para continuar a saga do protagonista anterior, mas o que acabou saindo foi Mega Man X. A série acontecia no século seguinte ao da franquia original, onde existiam os reploids, robôs com sentimentos e emoções humanas, além de serem totalmente autônomos. Mega Man X (ou apenas X, como é mais conhecido) foi a última criação do Dr. Light, encontrado numa cápsula pelo Dr. Cain durante uma escavação.

Mega Man X se junta aos Maverick Hunters, um grupo de reploids que caça os Mavericks (duh!), que também são reploids e acreditam que os humanos atrasam o desenvolvimento do mundo e de sua raça. Sigma, o antigo líder dos Hunters, acaba se tornando o líder dos Maverick. Os Hunters passam então a serem liderados por Zero (que na verdade era uma criação do Dr. Wily, mas que não agia como o vilão que deveria ser), e X entra na guerra se perguntando se era certo lutar contra seus “iguais”.

Como pode-se perceber nos parágrafos iniciais, a série X, ao ocntrário da clássica, possuía uma abordagem um pouco mais séria. Isso sem falar a ação muito mais frenética e desenfreada. O novo Mega Man podia escalar paredes e conseguir itens (como os Heart-Tanks e Sub-Tanks) e partes de uma superarmadura, que aumentavam seus poderes e habilidades. Cada número da série X trazia novidades que o deixavam cada vez mais complexo. Além disso, a partir do quarto episódio da série (já lançado para o PSOne e Sega Saturn), era possível jogar com Zero desde o início do jogo (no terceiro capítulo para SNES, também era possível jogar com Zero, mas apenas na fase inicial). Em Mega Man X7, ainda era possível jogar com um outro personagem, chamado Axel, membro de uma nova geração de reploids.

Nesse período, a série clássica não foi deixada de lado. Foram lançados ainda Mega Man 7, para o SNES (onde um novo personagem, chamado Forte/Bass, era introduzido na história). Ainda tivemos, na seqüência, Mega Man 8 (lançado já na era 32-bits), e, como um dos últimos suspiros do saudoso SNES, o excelente (e, para mim, o melhor da série), Megaman & Forte (que não é o Mega Man 9, apesar de muitos acreditarem nisso...:) ).

  • Os outros capítulos da série


Em 2001, foi lançada para o Game Boy Advance a série RPG Battle Network, que também fugia completamente do enredo e estilo da franquia original. Neste mundo, existem batalhas entre programas de computador chamados NAVI, e o personagem principal Lan Hikari, controla Mega Man para destruir NAVIs malignos pela Net.

Em 2002, foi lançada também para o GBA a franquia Mega Man Zero, que retomava o esquema de ação 2D. A série dava continuidade à história da série X, onde Zero, despertava 100 anos no futuro. Lá, encontra um mundo dominado à mão de ferro por seu antigo parceiro X. Zero parte em busca de respostas numa trama cheia de mistérios. O jogo trazia grandes mudanças no visual, um desafio empolgante e uma jogabilidade excelente, que inovava sem perder a essência da série. A franquia rendeu quatro versões, com um desfecho emocionante. A série introduz mais uma vez personagens novos, como a cientista humana Ciel e os Quatro Guardiões de X (Harpuia, Fefnir, Phantom e Leviathan).

As versões mais recentes da franquia são
ZX (onde um garoto e uma garota conseguem os poderes das armaduras de X, Zero e dos Quatro Guardiões da série Zero, cuja seqüência, ZX Advent, já se encontra disponível) e Mega Man Star Force (que se passa 100 anos após a série Battle Network).


  • Mega Man - o personagem mais arroz-de-festa do mundo dos games.

Responda rápido: qual é o personagem que apareceu em mais jogos do mundo dos games?

a) Mario
b) Sonic
c) Mega Man
d) Nenhum dos anteriores;

Bom, na verdade, está é uma questão mais complicada do que parece. Se considerarmos apenas os jogos onde os persongens aparecem (sem considerarmos eles como os principais), temos a seguinte contagem:

a) Mario - 149 aparições;
b) Sonic - 165 aparições;
c) Mega Man - 117 aparições;

Entretano, vale lembrar que, tanto o encanador de macacão vermelho quanto o ouriço azul foram (e, no caso do mario, ainda é) o carro-chefe de duas companhias de Hardware (ou seja, que produzem, alem de games, consoles). Com isso, em praticamente todos os jogos feitos pela Nintendo e pela SEGA eles arranjavam um jeitinho de aparecer, nem que seja apenas fazendo uma ponta. No caso do nosso robozinho azul, todos (ou quase todos0 os jogos tinahm ele como pesonagem principal (ou, ao menos, como personagem jogável, se contarmos as séries "Marvel X Capcom" e "Capcom X SNK"). Sendo assim, fazendo essa triagem, e selecionado apenas os jogos em que eles aparecem como personagens principais, temos os seguintes resultados:

a) Mario - 98 jogos;
b) Sonic - 89 jogos;
c) Mega Man - 114 jogos;


Quando disse anteriormente que o Mega Man era um tremendo arroz-de-festa, não estava brincando. Mesmo se considerarmos todas as aparições em jogos, ele só é superado pelos dois maiores pesos-pesados da indústria dos games, Mario e Sonic. Considerando que a SEGA ultimamente anda tratando muito mal o seu mascote, é extremamente prazeroso ver que a série Mega Man é tão bem cuidada, mesmo sendo uma das mais frutíferas da história dos games. Caso queiram tirar a dúvida, vejam a lista dos jogos com o nosso robozinho azul clicando aqui.

E, para terminar essa curta, mas singela homenagem (apenas falei das principais, se fosse falar de todas precisaria de uma tese de doutorado para isso... :) ), trago para todos o vídeo comemorativo da série, feito pela própria Capcom, com trechos dos principais jogos da série. E, aproveitando, desejo que o todo-poderoso Keiji Inafune cuide com cada vez mais carinho desse personagem tão amado por todos e que se tornou símbolo da Capcom.



Até a próxima e bons games a todos!!!