Bom, esse mês de maio que se passou foi extremamente complicado para mim. Com a proximidade da metade do meu doutorado (o que significou preparar o exame de qualificação), somado a vários resumos e trabalhos completos para congressos, e ainda mais um artigo, não sobrou tempo para me dedicar a esse blog. Mas tudo isso já passou, e agora vocês poderão se deliciar com os meus edificantes posts aqui (modéstia passou longe...).
E, como primeiro post desse retorno, escolhi um jogo que, se não pode ser considerado um jogo antigo (foi lançado a cinco anos atrás), têm todo um espírito retrô, além de ter sido produzido por uma das empresas mais antenadas ao espírito antigo de se fazer jogos eletrônicos (e, por conta disso, uma das minhas preferidas). Além disso, nessa nova onda de jogos licenciados baseados em filmes ou fraquias (francamente, nenhum deles prestou até agora), a Treasure mostrou como se faz um produto licenciado de qualidade. Com vocês...
1) Nome do jogo - Astro Boy - Omega Factor
2) Plataforma - Game Boy Advance
3) Datas de Lançamento - Japão - 18 de dezembro de 2003
EUA - 18 de Agosto de 2004
Europa - 18 de fevereiro de 2005
4) Produtora - Treasure/Hitmaker
5) Distribuidora - Sega
6) Gênero - Ação/Aventura
7) História (Traduzido livremente do encarte do jogo) -
No futuro...
Após perder o seu único filho em um acidente de carro, um cientista chamado Dr. Temma cria um robô em sua memória.
Esse robô é uma maravilha da ciência, nenhum outro robô se iguala a ele.
Ele possui seis super-habilidades, incluindo 100000 cavalos de potência, propulsores a jato nos pés, além do Fator ÔmegaOmega Factor), que permite a ele vivenciar e sentir emoções.
No mundo todo, inúmeros robôs forom criados para ajudar os humanos, entretanto, os humanos, pouco a pouco, tornaram-se temerosos frente as capacidades dos robôs.
Agora todos estão tentando destriur os robôs, provocando assim uma rebelião.
Por trás de toda essa rebelião, alguém está elaborando um plano para criar ainda mais tensão e trazer finalmente a guerra.
8) Impressões pessoais -
Responda rápido: qual é a sua primeira sensação quando você ouve "jogo licenciado"?
a) Asco;
b) Nojo;
c) Ânsia de vômito;
d) Todas as respostas anteriores;
Bom, tirando o exagero das opções, ultimamente "jogos licenciados" tem sido sinônimo de "jogos ruins". Muito disso ocorre, dentre outros fatores, pelo crescimento vertiginoso da indústria. Não que não existissem jogos licenciados nos anos 80 e 90 (Yo! Noid está aí para isso), mas, naquela época, a indústria dos jogos eletrõnicos não tinha a grandiosidade e a rentabilidade de hoje. Por conta disso, várias franquias agora transpassam por várias mídias, para alcançar o máximo de público possível. Entretanto, para se fazer um produto de qualidade (seja nas HQ's, no cinema, ou nos games), é necessário um mínimo de dedicação, um filtro de qualidade, coisa que boa parte delas desconhece. O resultado disso: inúmeros engodos são distribuídos por aí, o que cria a aura de "maldito" a qualquer produto licenciado. Mas temos alguns exemplos de produtos licenciados feitos com qualidade.
Acredito que todos vocês (3? 2?) leitores, que acompanham esse esporádico blog sabem que a Treasure é uma das minhas desenvolvedoras favoritas. Seus jogos conseguem ser o equilíbrio perfeito entre o espírito retrô e as inúmeras alternativas dos avanços tecnológicos. Já falei sobre alguns jogos dela aqui, aqui e aqui. Não é uam empresa muito falada, talvez por não fazer uma propaganda maçica para os seus jogos, mas sempre que vejo o logo dela em algum jogo, tenho a plena convicção de que não irei me decepcionar.
Com Astro Boy: Omega Factor, não foi diferente. Feito em parceria com a SEGA e a Hitmaker, o jogo, apesar de licenciado (baseado na série de anime Astro Boy de 2003), é um side-scroller/beat 'em up de primeira qualidade, com uma história simples e interessante, e uma jogabilidade fabulosa. Além disso, o jogo botava o hardware do GBA para trabalhar para valer, com gráficos fabulosos, com vários planos de fundo, inimigos altamente detalhados, com sprites gigantes, efeitos primorosos de transparência e luz, chefez gigantescos, e tudo isso com pouquíssimos slowdowns.
Mas todos que acompanham os meus devaneios aqui sabem que gráficos não apenas uma pequena parte da qualidade de um jogo. Temos também o áudio maravilhoso, onde temos sons de armas e vozes reproduzidas digitalmente, fazendo o seu trabalho primorosamente. E a trilha sonora combina perfeitamente com a ação ininterrupta do jogo, identificando o jogo como uma pepita da Treasure logo nos primeiros acordes.
Outra coisa primorosa é a jogabilidade. Os jogos da Treasure sempre possuem uma jogabilidade primorosa, e esse não é diferente. Não há nenhum atraso nos seus movimentos, o jogo flui de maneira primorosa, sendo extremamente simples de se jogar e viciante.
Mas a grande cereja do bolo é justamente o desenrolar do enredo. Resumindo em uma frase: para ter o "verdadeiro final" será preciso jogá-lo duas vezes. Explica-se: ao zerar o jogo pela primeira vez, o final apresentado não é dos melhores, inclusive com uma grande (e ruim) supresa envolvendo o nosso robozinho (que não irei contar aqui, vá jogá-lo, rapaz!!!). Mas, assim que a supresa inesperada acontece, o jogo te dá uma segunda chance de impedir a total destruição do mundo, onde as fases são revisitadas, sem que isso soe como picaretagem ou algo do tipo, pois há mudanças significativas nelas, e novos personagens aparecem, para aparar todas as arestas do roteiro (que, por sinal, é um dos melhores da história dos videogames). Além disso, o roteiro do jogo não se baseia apenas nos personagens do anime. Inúmeros outros oriundos de outros animes do Osamu Tezuka aparecem no jogo, e estão muito bem inseridos na história, o que mostra mais uam vez a qualidade dos produtos daTreasure (eu sei, eu babo demais essa empresa, mas fazer o quê?).
Portanto, antes de generalizar, dizendo "Todo jogo licenciado é um lixo!", lembre-se que nem toda verdade é absoluta (Pronto, agora ele coloca filosofia barata em seus textos!). O fato de ter essa limitação não significa que não se possa inovar e apresentar um produto de qualidade, criativo, sem ferir as intenções do produto em questão. E esse jogo é uma das provas capitais dessa premissa!
9) Fotos do jogo -
2) Plataforma - Game Boy Advance
3) Datas de Lançamento - Japão - 18 de dezembro de 2003
EUA - 18 de Agosto de 2004
Europa - 18 de fevereiro de 2005
4) Produtora - Treasure/Hitmaker
5) Distribuidora - Sega
6) Gênero - Ação/Aventura
7) História (Traduzido livremente do encarte do jogo) -
No futuro...
Após perder o seu único filho em um acidente de carro, um cientista chamado Dr. Temma cria um robô em sua memória.
Esse robô é uma maravilha da ciência, nenhum outro robô se iguala a ele.
Ele possui seis super-habilidades, incluindo 100000 cavalos de potência, propulsores a jato nos pés, além do Fator ÔmegaOmega Factor), que permite a ele vivenciar e sentir emoções.
No mundo todo, inúmeros robôs forom criados para ajudar os humanos, entretanto, os humanos, pouco a pouco, tornaram-se temerosos frente as capacidades dos robôs.
Agora todos estão tentando destriur os robôs, provocando assim uma rebelião.
Por trás de toda essa rebelião, alguém está elaborando um plano para criar ainda mais tensão e trazer finalmente a guerra.
8) Impressões pessoais -
Responda rápido: qual é a sua primeira sensação quando você ouve "jogo licenciado"?
a) Asco;
b) Nojo;
c) Ânsia de vômito;
d) Todas as respostas anteriores;
Bom, tirando o exagero das opções, ultimamente "jogos licenciados" tem sido sinônimo de "jogos ruins". Muito disso ocorre, dentre outros fatores, pelo crescimento vertiginoso da indústria. Não que não existissem jogos licenciados nos anos 80 e 90 (Yo! Noid está aí para isso), mas, naquela época, a indústria dos jogos eletrõnicos não tinha a grandiosidade e a rentabilidade de hoje. Por conta disso, várias franquias agora transpassam por várias mídias, para alcançar o máximo de público possível. Entretanto, para se fazer um produto de qualidade (seja nas HQ's, no cinema, ou nos games), é necessário um mínimo de dedicação, um filtro de qualidade, coisa que boa parte delas desconhece. O resultado disso: inúmeros engodos são distribuídos por aí, o que cria a aura de "maldito" a qualquer produto licenciado. Mas temos alguns exemplos de produtos licenciados feitos com qualidade.
Acredito que todos vocês (3? 2?) leitores, que acompanham esse esporádico blog sabem que a Treasure é uma das minhas desenvolvedoras favoritas. Seus jogos conseguem ser o equilíbrio perfeito entre o espírito retrô e as inúmeras alternativas dos avanços tecnológicos. Já falei sobre alguns jogos dela aqui, aqui e aqui. Não é uam empresa muito falada, talvez por não fazer uma propaganda maçica para os seus jogos, mas sempre que vejo o logo dela em algum jogo, tenho a plena convicção de que não irei me decepcionar.
Com Astro Boy: Omega Factor, não foi diferente. Feito em parceria com a SEGA e a Hitmaker, o jogo, apesar de licenciado (baseado na série de anime Astro Boy de 2003), é um side-scroller/beat 'em up de primeira qualidade, com uma história simples e interessante, e uma jogabilidade fabulosa. Além disso, o jogo botava o hardware do GBA para trabalhar para valer, com gráficos fabulosos, com vários planos de fundo, inimigos altamente detalhados, com sprites gigantes, efeitos primorosos de transparência e luz, chefez gigantescos, e tudo isso com pouquíssimos slowdowns.
Mas todos que acompanham os meus devaneios aqui sabem que gráficos não apenas uma pequena parte da qualidade de um jogo. Temos também o áudio maravilhoso, onde temos sons de armas e vozes reproduzidas digitalmente, fazendo o seu trabalho primorosamente. E a trilha sonora combina perfeitamente com a ação ininterrupta do jogo, identificando o jogo como uma pepita da Treasure logo nos primeiros acordes.
Outra coisa primorosa é a jogabilidade. Os jogos da Treasure sempre possuem uma jogabilidade primorosa, e esse não é diferente. Não há nenhum atraso nos seus movimentos, o jogo flui de maneira primorosa, sendo extremamente simples de se jogar e viciante.
Mas a grande cereja do bolo é justamente o desenrolar do enredo. Resumindo em uma frase: para ter o "verdadeiro final" será preciso jogá-lo duas vezes. Explica-se: ao zerar o jogo pela primeira vez, o final apresentado não é dos melhores, inclusive com uma grande (e ruim) supresa envolvendo o nosso robozinho (que não irei contar aqui, vá jogá-lo, rapaz!!!). Mas, assim que a supresa inesperada acontece, o jogo te dá uma segunda chance de impedir a total destruição do mundo, onde as fases são revisitadas, sem que isso soe como picaretagem ou algo do tipo, pois há mudanças significativas nelas, e novos personagens aparecem, para aparar todas as arestas do roteiro (que, por sinal, é um dos melhores da história dos videogames). Além disso, o roteiro do jogo não se baseia apenas nos personagens do anime. Inúmeros outros oriundos de outros animes do Osamu Tezuka aparecem no jogo, e estão muito bem inseridos na história, o que mostra mais uam vez a qualidade dos produtos daTreasure (eu sei, eu babo demais essa empresa, mas fazer o quê?).
Portanto, antes de generalizar, dizendo "Todo jogo licenciado é um lixo!", lembre-se que nem toda verdade é absoluta (Pronto, agora ele coloca filosofia barata em seus textos!). O fato de ter essa limitação não significa que não se possa inovar e apresentar um produto de qualidade, criativo, sem ferir as intenções do produto em questão. E esse jogo é uma das provas capitais dessa premissa!
9) Fotos do jogo -
3 comentários:
Olha aí, chegou um visitante do seu blog, só falta o outro agora, rs...
Pois é, jogo licenciado geralmente é dedo na goela, mas fiquei interessado com esse aí. Também sou fã da Treasure. Além dos jogos mais manjados, curti muito o Bangai-O de Dreamcast também. Além de ser um jogão, rendeu altas risadas.
Cara... esse jogo é insanamente bom..Além da excelente narrativa, tem toda a ação com coisas quicando na tela típicas da Treasure.Sem dúvida, um dos melhores títulos do GBA.
Um fato curioso é que a versão norte americana deste jogo é mais dificil que a versão japonesa.
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